Segurança
Justiça recebe denúncia do MP contra marido e mais três envolvidos na morte da cantora Sara Mariano
Segundo denúncia, eles queriam “se apoderar” da imagem de Sara para alavancar outro cantor.
Publicado
em
Por
RedaçãoO Ministério Público Estadual (MP-BA) denunciou Ederlan Santos Mariano; Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como bispo Zadoque; Gideão Duarte de Lima, e Victor Gabriel Oliveira Neves por crime de feminicídio da cantora gospel Sara de Freitas Sousa Mariano. De acordo com a promotoria, o crime foi cometido por motivo torpe, meio cruel e sem possibilidade de defesa da vítima. Eles também vão responder por ocultação de cadáver e associação criminosa.
A Justiça recebeu a denúncia na terça-feira (19) e acatou o pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Civil com parecer favorável do MP. Os quatro já estavam presos de forma temporária.
Ainda segundo a denúncia, o crime, cometido no dia 24 de outubro, por Zadoque, Victor e Gideão, a mando de Ederlan, tinha o objetivo de “se apoderar da imagem pública de Sara Mariano, fazendo uso de toda a estrutura já montada em torno dela para lançar a carreira de Victor, com o que todos lucrariam futuramente”, descartando a suspeita inicial de que o crime teria sido motivado por ciúme. Sara Mariano era casada com Ederlan, que também gerenciava sua carreira. No dia do crime, Sara foi informada de que faria uma apresentação musical num evento evangélico. Ela foi levada por Gideão, que era seu motorista, para a BA-093, onde Victor e Zadoque esperavam a vítima. Ela foi morta e teve o corpo carbonizado e abandonado num terreno baldio, às margens da rodovia. Ederlan, “para dissimular sua participação no crime”, chegou a procurar a polícia e registrar o desaparecimento da esposa.
Com base nas informações e provas contidas nos autos, a denúncia afirma que Ederlan seria o principal interessado e mentor da morte de sua esposa, “tendo planejado e controlado as ações dos demais denunciados”. As investigações revelaram que Ederlan havia pago R$ 2 mil para Zadoque, Victor e Gideão, e repassaria ainda cerca de R$ 15 mil, quando as economias de Sara fossem encontradas. De acordo com a denúncia, havia também a promessa de recompensa, “que seria o sucesso e fama artística, pois os denunciados eram pregadores, produtores, cantores e músicos com intensa penetração nas redes sociais” e contavam com a promessa de Ederlan de disponibilizar as ferramentas digitais de seu estúdio para promoções das carreiras artísticas dos executores da morte de Sara.
Leia Também
-
Polícia Civil prende quatro suspeitos de sequestro de médico em Salvador
-
Sesi Bahia abre inscrições para curso virtual e gratuito sobre criminalização do bullying e cyberbullying
-
Júnior Muniz defende criação do ‘Certificado Colégio Amigo do Autista’ na Bahia
-
Em preparação para o São João, sanfoneiro Jó Miranda lança ‘Saudade Dói’; ouça música
-
Decola: programa de estágio da Solar Coca-Cola tem vagas para Salvador
-
“Eu não resolvo só abrindo hospitais”, dispara Jerônimo sobre críticas à regulação e ao HGC