Mestre Bule Bule lança ‘Cordéis Antológicos’ na Bienal do Livro Bahia

“Sertão, você é demais, enfrentando os empecilhos, criou meus pais e o seus filhos, e criou os pais dos meus pais”, cantou Mestre Bule Bule durante o lançamento do livro ‘Cordéis Antológicos’, na Bienal do Livro Bahia 2024, nesta sexta-feira (26).

Foto: Patrick Abreu/Destaque1

Mestre Bule Bule. Foto: Patrick Abreu/Destaque1

Na nova obra, o homenageado é o forrozeiro, sambista, cordelista e poeta que traz a tona referências de cordéis clássicos, misturados ao misticismo e à cultura popular. Antonio Ribeiro da Conceição, com nome artístico Bule Bule, coleciona, ao longo dos 56 anos de carreira, mais de 100 títulos publicados, oito discos e dois álbuns.

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Com orgulho da trajetória, o Mestre contou que, para ele, é uma honra ser homenageado e participar de um evento dessa magnitude. “Essa coisa, que é o notório saber, sendo aceito, sendo homenageado, em um evento deste tamanho é doçura eterna. É doçura grandiosa”, celebrou o mestre. Este ano, a Bienal do Livro tem como tema as ‘Histórias que a Bahia conta’, e teve como foco a difusão e valorização de narrativas do território. A programação completa pode ser acessada aqui.

Assista:

Natural do município de Antonio Cardoso, no interior da Bahia, o mestre foi condecorado em 2008 com a Ordem do Mérito Cultural, do Ministério da Cultura, pelas contribuições à cultura brasileira. Na nova lista de leituras obrigatórias para o vestibular da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), válida para o vestibular de 2025, o livro ‘Orixás em Cordel’, de autoria de Bule Bule, foi incluído na lista.

Lançamento do livro ‘Cordéis Antológicos’. Foto: Patrick Abreu/Destaque1

Andréa Betânia. Foto: Patrick Abreu/Destaque1

Para a pesquisadora em poéticas orais e autora do prefácio do novo  livro do Mestre, Andréa Betânia, a escolha da obra para integrar a lista de leituras obrigatórias se trata de uma vitória institucional. “É o reconhecimento de uma vida inteira que se dá institucionalmente, de todos os anos de carreira que ele tem, de toda contribuição que ele tem feito para a cultura brasileira”, disse Betânia.