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Da união de dois irmãos surge a ‘Rua 10 Creperia’, espaço camaçariense com proposta saudável e gourmet
O estabelecimento está situado no bairro da Gleba B.
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Mariane SenaA união de dois irmãos atrelada a um propósito antigo. Foi assim que, há um ano, a Rua 10 Creperia saiu do papel e se tornou realidade. Hoje, o empreendimento localizado no bairro da Gleba B, na Rua Décima do Parque, tem Neila Pereira como ‘coração’ e Vivaldo Júnior como ‘cabeça’. Ele cuida da parte administrativa, e ela comanda a parte técnica e afetiva, tendo em vista a ideia de proporcionar, a cada degustação, não somente uma comida saborosa com boas estratégias nutricionais, mas uma jornada sensorial que envolve todos os sentidos e emoções.
Ao Destaque1, os proprietários detalham um pouco mais sobre o período de criação da creperia. Em um momento turbulento, marcado por mudanças na vida profissional de Neila, o administrador enxergou na irmã nutricionista a porta para, enfim, realizarem o sonho de empreender juntos.
“Foi um momento onde ela estava sendo desligada do emprego dela, devido a umas questões de crise, de pandemia. Eu fiz essa proposta de um ramo alimentício, por ela ser nutricionista. Eu enxergava, eu sabia que no fundo ela tinha essa vontade, algo voltado para o ramo de restaurante, mas não sabia o quê ainda, e aí surgiu essa proposta da Rua 10 Creperia, e ela abraçou”, conta Júnior.
Neila destaca o olhar visionário do irmão e reforça suas habilidades na cozinha. “Eu não entendo muito de administração, de empreendedorismo. Eu sabia cozinhar, e tinha paixão pela cozinha, e sabia que podia contribuir dessa forma. Então, a gente juntou o útil ao agradável. Já tínhamos o sonho, e a gente materializou esse sonho. Como ele falou, foi algo que surgiu dentro de um momento de dificuldade, um momento de crise, e ele enxergou com os olhos de empreendedor que ele tem, que poderia ser feito dessa maneira”, afirma a nutricionista.
Assista:
A definição do local e do nome também reforça o vínculo afetivo, característica marcante e impressa na identidade do espaço. Com isso, “Crepe da Nutri”, que seria a aposta inicial, perdeu espaço, após colocarem na balança as memórias. A garagem da casa onde Neila e Vivaldo cresceram, brincaram e construíram diversas histórias agora se torna um ambiente propício para novas conexões.
“Rua 10 é justamente porque a gente fica localizado na Rua Décima do Parque, e foi a rua que a gente cresceu, foi a rua que a gente praticamente nasceu. A Rua 10 fica localizada, como ele falou, na garagem que era a garagem da nossa casa. Então, foi um lugar que nós crescemos, que desenvolvemos vínculos afetivos, de amizade”, rememora Neila.
O potencial econômico da localidade também cooperou para a decisão. “A Gleba B, a gente observa que é um bairro que tem muito potencial de comércio. É uma rua muito comercial. Então, a gente explorou mais uma vez, unindo o útil ao agradável”, complementa.
Veja:
No que diz respeito à ambientação, nuances vintage, aspectos florais e frases positivas reforçam o toque de nostalgia, ao mesmo tempo que buscam estimular um sentimento de pertencimento e de encontro.
“Hoje, as pessoas próximas, as pessoas nem tão próximas, elas chegam aqui e elas sentem realmente a ideia de um lugar mais rústico, um lugar acolhedor, um lugar que é ligado à natureza, porque tem muitas flores, muito verde, é um lugar que a gente sempre tenta trazer uma música tranquila, um som ambiente. Hoje, a Rua 10 traz muito da identidade de Neila e Júnior”, garante a empresária.
Vale destacar que o termo vintage surgiu em meio à Segunda Guerra Mundial. Nesse período, por causa da crise econômica, as pessoas passaram a investir nos trabalhos manuais, como crochê e patchwork, que foram valorizados e incorporados ao décor. A culinária também entra com força após o período assolador. É nessa época que surge a “McDonaldização”, um modelo que potencializou o setor comercial alimentar. Nesse contexto, entra a tese inicial de Júnior, aqui lembrada também na climatização.
“Eu acredito que toda ideia, às vezes, ela surge talvez de um momento de crise. E aí, partindo desse momento, eu enxerguei a possibilidade de um negócio”, analisa o administrador.
Parce que la crêpe?
Apesar da origem controversa, atualmente o crepe é considerado símbolo da culinária francesa e sempre esteve presente em muitas regiões da Europa. Por lá, o prato se tornou um fenômeno, tendo inclusive a primeira receita publicada em 1390 no livro ‘Manager de Paris’ (Comida Parisiense). Por ser um alimento versátil, leve e saudável, tendo o diferencial traduzido no recheio, os olhares cuidadosos de Neila encontraram ali a marca do negócio.
“Eu sempre gostei de cozinhar, e eles sempre gostaram de comer o que eu cozinhava. Então, por eu cozinhar muito bem e elaborar pratos, às vezes autorais, e as pessoas gostarem, eles falaram: ‘Não, a gente tem que comercializar isso’. Então, era um bolo que eu fazia, algo que fazia e chamava atenção, e aí no momento que surgiu a ideia de ser a creperia, a gente pensou em mil possibilidades, porque era algo que podia unir o saudável com o gourmet, era algo que a gente poderia explorar tanto o doce quanto o salgado, e aí em cima disso eu comecei a desenvolver os sabores dos crepes”, revela Neila.
E claro que a ‘innovation’ não poderia faltar. O toque camaçariense toma forma por meio de uma receita secreta.
“Tem um especial que é o Camarão ao Molho Pesto, que é um molho pesto artesanal, que é o molho pesto feito por mim ainda, uma receita que é minha e que está guardada a sete chaves, porque é exclusiva da Rua 10”, celebra.
Ao todo, o cardápio contempla 17 sabores, com opções sem glúten e zero lactose. Além da “prata da casa”, citada anteriormente, quem também marca muitos “gols” com direito a prorrogação e pedido de música é o Sertanejo, combinação de carne desfiada, banana da terra, queijo de coalho e muçarela. Para o paladar mais apto ao doce, Doce de Leite e Morango, Romeu e Julieta, Doce de Leite com Banana e Canela estão entre as ofertas.
Assista:
A Rua 10 Creperia conta com o empenho de quatro funcionários e está aberta de terça a domingo, das 17h30 às 22h30. Existe ainda o serviço de delivery, que funciona através deste link, além dos pedidos terceirizados pela plataforma do iFood. Ademais, o espaço também tem a opção de entradas, sucos naturais, e açaí na taça, em 300 ml e 500 ml. Confira o cardápio na íntegra aqui.
Para o futuro, os planos são auspiciosos: expandir para novos bairros, e quem sabe outras cidades.
“É algo que a gente está amadurecendo, de como fazer, o momento certo, mas é algo que a gente já sonha com isso”, prospecta Neila.
As novidades podem ser acompanhadas pela página da creperia no Instagram (@r10creperia).
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