Política
“Eu não resolvo só abrindo hospitais”, dispara Jerônimo sobre críticas à regulação e ao HGC
Desde 2020 o hospital tem sido alvo de reclamações do governo municipal.
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Mariane SenaNa manhã desta quarta-feira (24), durante assinatura de ordens de serviço (OS) em Camaçari, o governador da Bahia Jerônimo Rodrigues (PT) falou sobre o atendimento no Hospital Geral de Camaçari (HGC), que desde 2020 passou a operar de forma regulada. A medida tem sido veementemente criticada pela gestão municipal, sobretudo em discursos acalorados do pré-candidato a prefeito da cidade Flávio Matos (União), além de ser pautada por alguns vereadores da base na Casa Legislativa.
Inicialmente, o petista fez uma análise a respeito da fila na regulação, assegurando que o Executivo precisa ser parceiro na tomada de decisões.
“A saúde, primeiro, é garantir que a gente possa ter uma parceria com os municípios para que a atenção básica funcione. Nós temos municípios na Bahia que não têm um hospital municipal. Quando é um município pobre que não tem receita, eu até entendo. Mas tem municípios grandes que não têm a atenção básica com cobertura plena. Quando o município não faz a cobertura da sua responsabilidade, acaba aquelas pessoas adoecendo e chegando a um grau de dificuldade tendo que procurar uma regulação”, avalia.
Em seguida, o governador faz menção às Feiras de Saúde. No município, a iniciativa foi realizada em março, no Espaço 2000.
“Então, quando a gente faz as feiras, como a que fizemos aqui em Camaçari, o preventivo é o que é mais procurado nas feiras, porque se faz no posto de saúde, em uma Unidade Básica, na UPA, mas se a mulher não tem oportunidade de fazer o preventivo e se tiver algum caso grave, dentro de pouco tempo aquilo vira um câncer, alguma coisa mais séria, e vai ter que ir para a fila de regulação, o que a gente podia resolver lá no posto de saúde, lá na UPA, ou dizer assim, ‘olhe, aqui é grave, leva logo’”, acrescenta.
Posteriormente, Jerônimo garante que tem articulado estratégias em consonância com a secretária de Saúde do Estado, Roberta Santana, mas reverbera que a situação, não só em Camaçari, mas em todo o estado, é mais complexa, e não será solucionada apenas com a abertura dos equipamentos.
“Se vocês forem, pegarem na Sesab qual é a motivação da ocupação dos leitos. Por exemplo, em Feira de Santana, 70% a 80% não era para estar ali, mas estão. Então, ocupa vaga, e nós não vamos tirar ninguém, não vamos dizer que é culpa do prefeito A, B ou C, eu vou ter que atender. Eu tenho trabalhado constante com a secretária Roberta para a a gente conseguir resolver o tema da regulação, mas eu não resolvo só abrindo hospitais”, afirma.
Ainda conforme o governador, em breve, a Bahia terá 25 hospitais “novos e grandes”. Rodrigues também salientou sobre a instalação das Policlínicas, de acordo com ele, feitos que se tornam possíveis em união com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com o senador Jaques Wagner (PT).
“Lula, Wagner, junto comigo, nós vamos chegar a 25 hospitais, já, já. Novos, grandes. Vamos chegar a 27, 28 Policlínicas. Estamos construindo UPAs, UBSs, doando aos municípios ajuda nas coberturas, então é ajudar. A saúde tem um grau de inteligência muito grande, que é o SUS, Sistema Único de Saúde. Não serve se o município fizer sua parte e o estado não fizer, não vai dar bem. Se o estado fizer e o município não fizer, também não vai dar bem. É fundamental a gente fazer a nossa parte, executar, botar orçamento, aumentar concurso, melhorar a estrutura dos hospitais, mas garantir que os municípios possam fazer seu papel, e eu tenho fé que isso vai acontecer um dia”, pontua.
A respeito da Policlínica de Camaçari, ela terá recursos do governo federal e foi anunciada em março, prevista no PAC Seleções.
Por fim, Jerônimo garante que não vai fugir de suas responsabilidades.
“O que for de responsabilidade minha, eu farei. E o que não for, mas se for de corresponsabilidade, seja com o setor privado ou com o setor público municipal, eu estarei à disposição. Eu não vou fugir desse meu lugar”, finaliza.
Alba
Vale destacar que nesta quarta o deputado estadual Manuel Rocha (União) solicitou, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), que o HGC volte a atender por demanda espontânea, urgência e emergência. A indicação, nº 0067/2024, ocorreu após a vereadora Professora Angélica (Progressistas) enviar um ofício pedindo apoio na reivindicação da pauta.
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