Bahia
Violência contra motoristas de aplicativo é tema de audiência pública na Alba
Ação foi realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública.
Publicado
em
Por
RedaçãoO crescimento dos índices de violência contra os motoristas e mototaxistas de aplicativos na Bahia foi motivo de debate em audiência pública realizada nesta terça-feira (28) pela Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública, da Assembleia Legislativa da Bahia. Além da insegurança, os trabalhadores expuseram a precariedade das condições de trabalho e a ausência de benefícios trabalhistas e de reconhecimento profissional.
Mediado pelo presidente e pela vice-presidente do colegiado, Pablo Roberto (PSDB) e Neusa Cadore (PT), respectivamente, o evento contou com a participação dos deputados Hilton Coelho (Psol) e Dr. Diego Castro (PL).
O deputado Pablo Roberto apontou os números de latrocínios e assaltos ocorridos este ano com motoristas de aplicativos na Bahia. Segundo ele, no período de janeiro a agosto, foram registrados seis latrocínios de motoristas de aplicativo e mais de 270 assaltos. “É uma matéria complexa, e precisamos dar uma atenção criteriosa com vistas a minimizar os problemas da população”, afirmou o tucano, que garantiu empenho para que o movimento em defesa da categoria tenha continuidade.
O presidente da Cooperativa Mista de Motoristas e Mototaxistas por Aplicativo (Coopmmap-BA), Vick Passos, lamentou a rotina insegura do motorista por aplicativo, assim como o desamparo, por conta da falta de vínculo com as operadoras, a falta de uma linha de crédito para renovação da frota e as baixas tarifas.
“Infelizmente, hoje, o motorista está endividado, não consegue fazer o dinheiro que fazia há seis anos, porque as tarifas eram bem melhores. Por que uma viagem do aeroporto ao Porto da Barra, de 32 km, a corrida custa 35 reais, e do aeroporto para Valéria, de 12 km, custa 75 reais?”, questionou.
Os profissionais também abordaram assuntos como a corrida para terceiros, protelação do pagamento, a quantidade de passageiros, o cancelamento da viagem durante o percurso, os nomes abusivos de perfis dos usuários e reivindicaram a indexação do valor do combustível ao valor da viagem.
Representante da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia, que reúne as empresas Uber e 99, Laila Malaquias manifestou disponibilidade para colaborar na construção de políticas públicas relativas à categoria. Sobre a atuação da plataforma em relação à segurança dos motoristas, ela citou alguns mecanismos oferecidos, a exemplo dos recursos que podem ser utilizados antes, durante ou depois da viagem; o sistema de verificação dos usuários; e as ferramentas pra validar as informações de documentos.
“Além disso, as empresas disponibilizam informações que dão maior autonomia aos motoristas, como a avaliação de passageiro, de conseguir saber qual que é o destino final que está sendo solicitado, o direito de escolha sobre meio de pagamento e recepção de imagem de mensagens associadas no bate-papo do aplicativo”, completou.
Leia Também
-
Segunda audiência pública sobre revisão da Lei Orgânica Municipal será em Vila de Abrantes
-
Sesi Bahia abre inscrições para curso virtual e gratuito sobre criminalização do bullying e cyberbullying
-
Júnior Muniz defende criação do ‘Certificado Colégio Amigo do Autista’ na Bahia
-
Em preparação para o São João, sanfoneiro Jó Miranda lança ‘Saudade Dói’; ouça música
-
Decola: programa de estágio da Solar Coca-Cola tem vagas para Salvador
-
“Eu não resolvo só abrindo hospitais”, dispara Jerônimo sobre críticas à regulação e ao HGC