Economia
Na Bahia, mulheres ganham 17,3% a menos que os homens
De acordo com Relatório de Transparência Salarial, a diferença chega a 25,2% em cargos de gerência.
Publicado
em
Por
RedaçãoAs mulheres ganham 17,3% a menos do que os homens no estado da Bahia. É o que aponta o primeiro Relatório de Transparência Salarial já publicado no país com recorte de gênero. O documento, apresentado na segunda-feira (25) pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE), contém os principais dados extraídos das informações enviadas pelas empresas com 100 ou mais funcionários.
A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Na Bahia, em cargos de dirigentes e gerentes, as diferenças salariais alcançam 25,2%. No total, 2 mil empresas baianas responderam ao questionário. Juntas, elas somam 743,6 mil empregados.
No recorte por raça, o relatório aponta que o número de mulheres negras é maior que o de mulheres não negras nas empresas do levantamento, com registro de 195,3 mil e 82,4 mil, respectivamente. No entanto, a remuneração média da mulher negra é de R$ 2.890,51, enquanto a da não negra é de R$ 3.300,43. No caso dos homens, os negros, também maioria nas empresas, recebem em média R$ 3.425,47, e os não negros, R$ 4.131,58.
O relatório contém informações que indicam se as empresas têm políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios vistos como de incentivo à entrada, permanência e ascensão profissional das mulheres.
No caso da Bahia, o relatório registrou que 44,8% das empresas possuem planos de cargos e salários; 36,2% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 30,4% têm políticas de apoio à contratação de mulheres; e 25,4% adotam incentivos para contratação de mulheres negras.
Apenas 16,9% possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 21,6% incentivam o ingresso de mulheres com deficiência, e apenas 3,7% têm programas específicos de incentivo à contratação de mulheres vítimas de violência.
Poucas empresas ainda adotam políticas como licença-maternidade/paternidade estendida (12,4%) e auxílio-creche (20,1%).
Leia Também
-
Sesi Bahia abre inscrições para curso virtual e gratuito sobre criminalização do bullying e cyberbullying
-
Júnior Muniz defende criação do ‘Certificado Colégio Amigo do Autista’ na Bahia
-
Em preparação para o São João, sanfoneiro Jó Miranda lança ‘Saudade Dói’; ouça música
-
Decola: programa de estágio da Solar Coca-Cola tem vagas para Salvador
-
“Eu não resolvo só abrindo hospitais”, dispara Jerônimo sobre críticas à regulação e ao HGC
-
Matrículas para o Programa Universidade para Todos são prorrogadas até sexta