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Manifestação marca início da paralisação dos professores e servidores em Camaçari
Entre as principais reivindicações está o reajuste salarial linear.
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Mirelle LimaO Sindicato dos Professores e Professoras da Rede Pública Municipal de Camaçari (Sispec) e o Sindicato dos Servidores Públicos de Camaçari (Sindsec) iniciaram nesta terça-feira (9) uma paralisação de 72 horas que seguirá até quinta-feira (11). Para marcar o início do movimento, foi realizado um protesto que começou no Sispec e seguiu até a Câmara Municipal.
Entre as principais reivindicações das categorias está o reajuste salarial linear. Além disso, os professores também pedem a contratação de mais auxiliares de classe nas escolas, melhoria na alimentação ofertada nas unidades e implementação política de formação que atenda às demandas dos educadores.
Em entrevista ao Destaque1, a dirigente do Sispec, Ana Carla, destacou que todos os professores, independente do nível de carreira, possuem direito ao reajuste linear do salário.
“A paralisação dos professores e dos servidores começa hoje e tem a duração de 72 horas. É uma forma de chamar a atenção do prefeito, que não apresenta um número na mesa. Estamos há sete anos no zero, sem condição de trabalho, com a infraestrutura péssima e com achatamento gigante na carreira. Nossa principal pauta aqui é o reajuste linear para todos. Quem está em todos os níveis da carreira tem direito ao reajuste, todos são professores, todos são servidores. O prefeito insiste em não cuidar da educação, o prefeito insiste em dizer que não há condição, mas os estudos que nós já fizemos apontam a real possibilidade de valorização dos professores através do reajuste para a categoria”, pontuou.
De acordo com a presidente do Sispec, Sara Santiago, os professores têm cobrado uma resposta do governo municipal sobre a justificativa de não realizar o reajuste linear.
“A resposta do Sispec é que nós não vamos parar. Este ano nós estamos na luta pelo nosso reajuste linear, porque anos de salários congelados, sete anos que o prefeito apenas dá aquele ‘percentualzinho’ para o professor que está ganhando abaixo do piso, mas os demais estão com seus salários congelados. Não dá mais, prefeito. Nós sabemos o que o senhor pode dar, nós sabemos que o limite prudencial da prefeitura está numa situação muito confortável. Agora, o que nós queremos do senhor é o porquê, porque o senhor vai ter que dizer, o senhor vai ter que chegar e falar por que não quer dar o reajuste linear para um professor, professora, o coordenador, coordenadora, porque pode dar. Então, o Sispec, o Sindsec, estão unidos hoje aqui na rua em prol da defesa do servidor, patrimônio histórico deste município”, explicou.
O presidente do Sindsec, Edmilson das Dores, declarou que o reajuste do salário é necessário porque há servidores recebendo menos de um salário mínimo e passando por privações.
“Queremos revisão salarial, são sete anos sem revisão de salário, com servidores começando a ganhar menos do que o salário mínimo, passando privações, enquanto o prefeito Elinaldo revisa o próprio salário, mais que dobra o próprio salário. O nosso ele não revisa há quase sete anos, estamos começando a passar por dificuldades. Por isso, já que nem sentar para negociar ele quer, não teve jeito, viemos pra rua”, frisou.
A manifestação contou com a presença de representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Regime Especial de Direito Administrativo (Sindreda); do Sindicato dos Borracheiros de Camaçari, Salvador e Região Metropolitana (Sindborracha), e Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial de Camaçari e Região (Sindticcc).
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