Mãe faz desabafo nas redes sociais pedindo que pai cumpra ordem judicial e devolva o filho

Desde o dia 19 de julho, Catharina Galvão Bastos, de 23 anos, tem usado as redes sociais para denunciar o ex-companheiro e pai do seu filho de três anos, o advogado Paulo Roberto de Aguiar Valente Junior, de 38 anos, após este ter recusado devolver a criança ao finalizar o período regulamentado judicialmente para visitas.

Procurada pela equipe de reportagem do Destaque1, Catharina contou que não vê o filho há três meses, e que durante todo esse tempo aguentou calada para não expor a criança, mas vai continuar lutando para tê-la de volta. “A guarda unilateral é minha. Não é guarda compartilhada. E ele está com o meu filho desde o dia 16 de abril, mas era pra ele ter devolvido meu filho dia 18, porque tem um acordo de visitas regulares na semana”, acrescentou.

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Na manhã desta quarta-feira (21) ela fez um novo desabafo, esclarecendo sobre o andamento do caso.

“Estou vindo aqui como uma mãe desesperada, desesperada! Porque o genitor do meu filho se apossou dele ilegalmente. Eu tô sem contato nenhum com meu filho desde abril. Meu filho completou três anos agora em junho e mesmo assim não pude ter contato com ele, é uma posse ilegítima, o pai do meu filho é advogado. Nós estamos, né, eu e minha advogada, com mandado de busca e apreensão nas mãos, já tentamos três vezes. Dentro dessas três vezes, foram mais de sete tentativas, porque a gente foi em várias endereços, não encontramos o meu filho. Eu não sei onde de fato o meu filho está, não sei onde meu filho se encontra, porque ele se esconde com o meu filho. Ele e os avós estão sendo coniventes, cúmplices dessa atrocidade. Não sei de fato onde meu filho tá, então vim aqui pra pedir ajuda, ajuda porque eu preciso encontrar meu filho, eu preciso trazer ele de volta pra casa”, desabafou Catharina.

 

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Paulo Valente, genitor da criança, também foi procurado pela redação e relatou que “o processo movido por Catharina tramita em segredo de Justiça, e em obediência à regra do artigo 189, II do Código de Processo Civil. É defeso, ou seja, proibido às partes e aos advogados que atuam ou atuaram nesse processo a divulgação de qualquer ato, sob pena de medidas cíveis e criminais em decorrência até mesmo da violação à vida íntima e privacidade, que nesse caso não possui interesse público”, disse.

Ainda segundo Valente, “eu não me encontro foragido, mas, a partir da divulgação em redes sociais, passei a receber ameaças, juntamente com minha família e até mesmo meu advogado, então não entendemos como seguro ficarmos nos nossos endereços residenciais”, afirmou após repercussão do caso.

“Não posso simplesmente entregar meu filho, pois é necessário que os oficiais de Justiça certifiquem as boas condições do meu filho no retorno ao lar materno, conforme determina o regramento”, acrescentou o pai.

De acordo com Catharina, que também tem uma medida protetiva contra Paulo Valente, há um mandato de busca e apreensão expedido desde junho. Várias tentativas de cumprimento já foram feitas, mas sem sucesso. “O mandado de busca e apreensão saiu dia 24 de junho e fizemos a primeira tentativa no dia 13 de julho. O mandado de busca e apreensão está aí para ser cumprido desde o São João, e a imprensa só foi entrar na história segunda-feira (19), então isso não é desculpa pra não devolver meu filho”, disse a jovem.

“E outra, ele disse que estaria no apartamento dele para devolver o meu filho, e a gente chegou lá e o recado que passaram para a gente foi que o apartamento estava vazio, de que não tinha ninguém, então né?!”, acrescentou Catharina Galvão, questionando sobre o descumprimento da ordem judicial.

Segundo a advogada de Catharina, Mônica Santana, o processo está em andamento, e estão “aguardando a juntada da certidão do oficial de justiça aos autos do processo, informando o descumprimento da ordem judicial por parte do senhor Paulo Valente”.