Jogai por nós

Começou a Copa do Mundo Feminina 2023 para a seleção brasileira, que, diga-se de passagem, não tomou conhecimento da adversária e aplicou uma senhora goleada de 4 a 0 no Panamá. 

A estreia não poderia ser melhor: domínio da equipe brasileira o tempo todo, quatro gols aplicados e nenhum sofrido, time entrosado e jogando em sintonia. A entrega e a determinação dentro de campo foram fundamentais para a vitória da seleção Canarinho. 

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Fora de campo, nas arquibancadas do palco do jogo e através da televisão, muitos brasileiros e brasileiras torciam e vibravam com cada jogada e gol do Brasil. As meninas, as garotas, as mulheres, as guerreiras sabiam que milhares de brasileiros estavam acompanhando a partida, torcendo e emanando energia positiva. E a retribuição veio com três pontos, fora o baile.

Muitos dizem que o jogo foi fácil. Na verdade, elas que fizeram parecer fácil. O que não foi fácil mesmo foram as batalhas que elas enfrentaram diariamente para chegar até a Copa; as dificuldades e desigualdades salariais e estruturais se comparadas ao futebol masculino. Sim, é verdade que aos poucos o futebol feminino começa a esboçar sinais de melhora, ou seja, novos tempos. No entanto, essa mudança ainda caminha a passos lentos. 

Fora isso, foi bonito demais ver Ary Borges bagunçar a defesa adversária e fazer hat-trick (três gols), assim como Bia Zaneratto, que deixou o seu gol marcado também. A rainha Marta jogou, mas não marcou. Sua presença, no entanto, intimida e faz qualquer zaga adversária tremer. 

Enfim, parece que a alegria, a magia e a simplicidade vêm voltando a ser a cara da nossa seleção brasileira. Dá gosto de ver essa equipe dentro de campo. E como diz um trecho do hino: “Todos juntos vamos, pra frente Brasil, Brasil, salve a seleção”.     

Sonilton Santos é jornalista e fã de esportes.

*Este espaço é plural e tem o objetivo de garantir a difusão de ideias e pensamentos. Os artigos publicados neste ambiente buscam fomentar a liberdade de expressão e livre manifestação do autor(a), no entanto, não necessariamente representam a opinião do Destaque1.