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Expansão agrícola foi principal fator que levou Bahia a perder 30,3 mil km² de vegetação nativa em 20 anos
As informações constam do Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra, realizado pelo IBGE.
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RedaçãoO aumento da área territorial dedicada à agricultura, na Bahia, foi a principal causa da supressão de vegetação nativa, entre 2000 e 2020. As informações constam do Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra, realizado pelo IBGE desde o ano 2000, com base na interpretação de imagens de satélite, levantamentos de campo e consultas a fontes de informação complementares.
Nesses 20 anos, o estado viu sua área de vegetação nativa – formada por florestas e vegetações campestres, como o cerrado e a caatinga – encolher de 325.315 km² para 295.060 km² (-9,3%). Foi a sexta maior retração absoluta do país e a maior do Nordeste.
Ela foi mais fortemente concentrada na vegetação campestre, cuja área diminuiu de 215.162 km² para 193.207 km² (menos 21.955 km², ou –10,2%), sobretudo nas regiões de cerrado, no Oeste do estado, ocupadas pela agricultura.
A área de florestas, por sua vez, se reduziu de 110.153 para 101.853 km², entre 2000 e 2020, o que representou perda de 8.300 km² dessa cobertura vegetal (-7,5%). Nesse caso, a mudança se deu, sobretudo, pelo avanço das pastagens e de formas de uso mistas, chamadas de mosaicos, nas quais não se consegue identificar qual é a dominante.
Entre 2000 e 2020, os estados que mais perderam área de vegetação nativa, em termos absolutos, foram Pará (menos 123,3 mil km²), Mato Grosso (-97.839 km²) e Rondônia (-40.806 km²).
Em 2020, pouco mais da metade da Bahia (52,2%) era coberta por vegetação nativa, percentual que chegava mais próximo de 60,0% no ano 2000 (era de 57,6%).
A proporção de território com vegetação nativa na Bahia, em 2020, era apenas a 15a entre as 27 unidades da Federação. Amazonas (95,2% da área coberta por vegetação nativa), Amapá (94,8%) e Roraima (92,2%) lideravam, enquanto Espírito Santo (11,2%), São Paulo (12,5%) e Paraná (13,0%) tinham as menores percentagens.
Em 2020, a vegetação campestre era a classe de cobertura e uso da terra que predominava na Bahia, ocupando pouco mais de 1/3 do território do estado (34,2%). Em seguida vinham, bem próximos, os mosaicos de ocupações em áreas florestais (19,4%) e a vegetação florestal (18,0%).
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