Política
Tagner Cerqueira e Flávio Matos travam batalha na Câmara
O petista defende a criação de um novo benefício para os camaçarienses, o auxílio emergencial municipal. Já o democrata e líder do governo apoia a manutenção do já existente Bolsa Social.
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Durante a sessão da Câmara Municipal desta terça-feira (13), os vereadores Tagner Cerqueira (PT) e Flávio Matos (DEM) protagonizaram uma verdadeira batalha na tribuna da Casa Legislativa. Os políticos fizeram duras críticas aos líderes dos campos ideológicos contrários e modelos de assistência social das respectivas gestões.
Na avaliação do petista, é fundamental que o governo municipal crie um auxílio emergencial próprio para atender famílias afetadas diretamente pela pandemia de Covid-19. O político ainda rebateu resposta dada pelo prefeito Elinaldo Araújo (DEM) em entrevista ao Destaque1, quanto à implantação de um novo benefício.
Na matéria publicada no dia 9 de abril, o prefeito afirmou que o município já possui o Bolsa Social, que concede R$ 150 por mês a famílias em situação de vulnerabilidade social (lembre aqui). Além do Bolsa Social, Elinaldo citou outras ações como o Vale Merenda e o Vale Cesta, que concede R$ 45 por mês para compra exclusiva de alimentos. De acordo com a Secretaria do Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedes), 1.969 pessoas são atendidas pelo programa, o que representa um investimento mensal de R$ 287.424,00 para o crédito dos cartões.
“Esse Bolsa Social que o senhor fez, foi antes da pandemia. Estamos vivendo em outros tempos. É preciso criar o auxílio emergencial”, afirmou Tagner Cerqueira. O petista também cobrou um auxílio exclusivo para artistas, já que o setor cultural deve ser um dos últimos a retomar as atividades plenamente. “O Camaforró era R$ 6 milhões, a Lavagem de Arembepe era R$ 4 milhões. Por que não pegar esse dinheiro e redistribuir para os artistas dessa cidade?”, questionou.
O vereador de oposição ainda levou alimentos para a tribuna com o objetivo de exemplificar o que é possível comprar com R$ 45, valor do benefício concedido a músicos e demais artistas do município.
Imediatamente, o líder do governo na Câmara, Flávio Matos (DEM), rebateu as críticas do petista e disse que as iniciativas sociais são rendas complementares, que as gestões do PT em Camaçari não fizeram. “Eles são defensores do maior programa, diga-se de passagem, oriundo lá do Bolsa Escola, que foi o Bolsa Família, que hoje é a partir de R$ 89; aí se não dá para fazer nada com R$ 150, dá para fazer o que com R$ 89?”, argumentou.
O democrata ainda acusou a oposição de não se posicionar contra o benefício, de mesmo valor do Bolsa Social, dado pelo Governo da Bahia aos estudantes da rede estadual. “Eu não vejo esses mesmos paladinos da moralidade falarem dos R$ 150 que o governador falou que vai dar aos estudantes para fazer uma reparação de mais de um ano sem dar o vale merenda; cadê vocês, valentões, que não vão para cima do governador de vocês; aqui a gente está na 15ª parcela, saiu essa semana. Ah, é R$ 45, é pouco, mas é um algo a mais”, frisou.
O vereador da base do governo também citou a concessão da Cesta de Páscoa, concedida pela Sedes a diversos seguimentos da sociedade, a exemplo de barraqueiros, baianas de acarajé, artesões e mototaxistas, como iniciativa do governo municipal para minimizar os impactos da pandemia.
*Matéria atualizada às 22h24 em 13 de abril de 2021
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