Saúde
Uso excessivo de aparelhos eletrônicos na pandemia tem aumentado casos de miopia, alerta especialista
Levantamento feito pelo CBO mostra que sete em cada dez médicos entrevistados na pesquisa identificaram a progressão de miopia em crianças no período.
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RedaçãoO isolamento e distanciamento sociais, além da quarentena imposta pela pandemia de Covid-19 há mais de um ano, têm impactado diretamente no estilo de vida e saúde de muitas pessoas. Com a adoção de atividades remotas houve mudanças nas tarefas diárias, que passaram a ser desenvolvidas com o uso de aparelhos eletrônicos como computadores, tablets e celulares. Esse novo cenário tem afetado diretamente a saúde ocular da população.
De acordo com levantamento feito pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), sete em cada dez médicos entrevistados na pesquisa identificaram a progressão de miopia em crianças no período.
Os primeiros sintomas surgidos são dores de cabeça frequentes e ardências ou cansaço nos olhos. Nesses casos, é recomendável procurar uma clínica oftalmológica para realizar os primeiros exames.
Segundo a médica oftalmologista da rede municipal de saúde de Salvador Leonora Marques, quando o indivíduo tenta visualizar um objeto de interesse próprio são desenvolvidos três fatores, que ocorrem simultaneamente: as pupilas são contraídas para aumentar a profundidade de foco, os olhos convergentes, que também funcionam para aumentar o foco, e os músculos oculares, que funcionam para modificar o formato do cristalino, focando melhor no objeto. “Ficar muito tempo nesta situação vai resultar numa sobrecarga que vai gerar dores oculares, cansaço visual, dor de cabeça e ressecamento ocular”, ressaltou Leonora.
As pessoas nem sempre são informadas sobre o uso adequado desses aparelhos ou por quanto tempo é recomendável ficar à frente de uma tela para poder minimizar os danos causados pela exposição ostensiva.
“Nós temos que evitar o uso excessivo desses eletrônicos, mesmo que protegidos por lentes antirreflexos que barram a radiação. Mesmo que, nesse momento, os cidadãos precisem exercer suas atividades, é necessário que respeitem o limite de uso e procurem um oftalmologista para diagnóstico, caso apresente alguma deformação”, declarou a médica.
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