Turismo
‘Sabores e Saberes’: primeiro festival gastronômico de Camaçari celebrará riqueza dos produtos locais
Conforme a Setur, a primeira edição terá a participação de 20 restaurantes.
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Mariane SenaCelebrar e traduzir a riqueza de Camaçari por meio da potencialidade de sua gastronomia. Essa é a proposta do festival ‘Sabores e Saberes’, lançado nesta terça-feira (26) pela Secretaria de Turismo (Setur), durante coletiva de imprensa no Hotel Cambuci. Conforme apresentado pela subsecretária de Turismo, Lúcia Bichara, a iniciativa também visa resgatar a ancestralidade e fortalecer a culinária local. Na primeira edição, participarão cerca de 20 restaurantes, tanto da sede quanto da orla.
“É um festival que pela primeira vez acontecerá em Camaçari. Nós temos uma média de 20 restaurantes participantes. É um trabalho que a gente vem fazendo com o Sebrae desde 2018. Esse lançamento hoje, ele combina exatamente no trabalho de consultorias”, explica Bichara.
Como parte integrante da ação, um concurso vai escolher o melhor prato. Três etapas dividem a iniciativa. A primeira diz respeito às capacitações promovidas pelo Sebrae. A segunda contempla a divulgação e inscrição, bem como todos os trâmites para realização da atividade. E a terceira, a consolidação do festival.
Conforme Daniel Santana, gestor do Sebrae em Camaçari, na etapa de capacitação, 250 pessoas foram formadas, com investimento total de R$ 1,5 milhão. Nessa série de cursos, que foi além do trabalho que deve ser apresentado no festival, os participantes receberam orientações de cunho financeiro, mas sobretudo de higiene, manuseio e tratamento dos alimentos.
Outra temática abordada nas aulas foi o cuidado com criações voltadas para o público de pessoas que possuem restrições alimentares, a exemplo dos intolerantes a glúten e a lactose, como também os alérgicos, visando evitar o risco de contaminação cruzada, que corresponde à transferência de microrganismos de um ambiente para outro. Tudo isso pensando na cidade como um polo turístico em ascensão.
Daniel também reforçou que o festival fortalecerá os restaurantes que ainda não conquistaram ascensão, e todo o custo será de inteira responsabilidade da comissão organizadora. “O propósito é fortalecer aqueles que não são conhecidos ainda”, garante.
Para aqueles que ainda não possuem um “prato da casa”, aquela especialidade característica, o Sebrae está disponibilizando um chef de cozinha que auxiliará justamente na criação da identidade do estabelecimento. O festival conta com o apoio do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) e da Concessionária Litoral Norte (CLN).
Explosão de sabores
Entre os critérios para participar da disputa está a inovação. Os pratos devem ser produzidos com ingredientes locais que reafirmem o pertencimento camaçariense, favorecendo os produtos da terra, do mar e produções locais. Daniel, do Sebrae, citou como referência o azeite de dendê, a mandioca, a pinaúna, bem como os laticínios de cabra, que podem ser encontrados na fazenda camaçariense Capril Kadosh.
Outro item citado foi o quiabo. Conforme a secretária de Turismo Cristiane Bacelar, na cidade existe uma ampla produção de picles de quiabo. Os pratos terão preço popular, com o intuito de que a maioria das pessoas possa fazer a degustação. Entretanto, é válido frisar que a mesa julgadora será formada por um grupo de especialistas, e eles definirão o ganhador.
O festival deve ocorrer em julho e terá duração de 15 dias. Nesse período serão divulgados os 20 restaurantes participantes.
“A nossa ideia é que o festival aconteça a partir de julho, porque essas etapas iniciais são preparativas, são consultorias, são discussões, são a parte toda de manipulação dos alimentos. Então, são vários cursos que esses restaurantes tomaram para que eles estejam preparados para que a gente possa fazer 15 dias de festival na costa e na sede de Camaçari”, garante Bacelar.
Novas inscrições serão abertas no dia 8 de abril e seguirão até o dia 23 do mesmo mês.
Turismo e geração de renda
Ainda segundo Lúcia Bichara, o festival funcionará também como uma das portas de entrada para o que ela definiu como “novo começo no turismo da cidade”, além de fomentar a geração de emprego e renda.
“Segundo a Organização Mundial do Turismo, a cada três empregos gerados, um será proveniente do turismo, o que significa dizer que mais de 30% dos empregos gerados no mundo, até 2032, virão pelo turismo. Então, vocês imaginam a potencialidade de uma atividade que é inacreditável, e que Camaçari não tinha esse olhar, que mudou”, completou.
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