Camaçari
“O jeito é voltar a andar de bicicleta”, relatam consumidores sobre aumento do combustível em Camaçari
Camaçarienses contam que a elevação dos preços também impactou suas profissões.
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Melissa DuarteO aumento do combustível tem afetado diretamente o estilo de vida dos camaçarienses. Com a gasolina comum custando quase R$ 7 por litro, os consumidores e trabalhadores que utilizam automóveis têm buscado alternativas para economizar e conseguir sustentar a casa.
Em entrevista ao Destaque1, Daniel Santos, que atua como motoboy há cinco anos, declarou que a situação é semelhante a um show de mágica, sendo impossível abastecer e fazer uma renda. “Está em um estado insuportável, o trabalho está sendo só para sobreviver e pagar contas, não sei como o ser humano está conseguindo viver. Para mim é um mágico quem consegue ainda trabalhar dirigindo com o valor da gasolina”, afirma.
Para Denilson Menezes, que depende do carro para trabalhar como ligeirinho, a situação obriga os motoristas a trabalharem mais para levar o mínimo para casa. “É inviável trabalhar hoje. O pai de família que sustenta a família pagando quase R$ 7 de combustível não compensa. As pessoas estão indo trabalhar para levar o mínimo pra casa, tá difícil pra gente”, desabafa.
Diversos consumidores também se queixaram do reajuste. No posto Rio Camaçari, no bairro Camaçari de Dentro, o mecânico Anderson de Jesus afirmou que o jeito é andar de bicicleta ou a pé. “Hoje em dia tem que andar de bicicleta ou a pé, hoje em dia a gasolina está um absurdo. Como vou andar de moto com o litro por R$ 7? Tendo que pagar aluguel, gás e alimentação”, questiona.
A administradora Cristiane Ribeiro aponta que o mais difícil é não ter uma estimativa de gasto mensal por conta das mudanças constantes. “Não sabemos o valor de amanhã ou depois, não temos a estimativa de quanto vamos gastar por mês, realmente tá complicado e indeciso. O custo de vida fica cada vez mais alto, é tanto que tem dias que eu escolho ir andando para o trabalho, até a moto tá difícil”, relata.
Carlos Alexandre, abordado pelo Destaque1 no posto Menor Preço, na Avenida 28 de Setembro, é caminhoneiro e parou de fazer fretes por conta do valor do combustível. “Tenho um carro pequeno e estou pensando em me desfazer dele também. Vamos voltar ao tempo antigo em que o pobre não tinha nada, malmente uma bicicleta. Não estou nem fazendo frete mais, meu caminhão está parado em casa, até a manutenção um absurdo”, reclama.
Em conversa com a nossa reportagem, um frentista que não quis se identificar relatou que a gasolina já estaria R$ 7 ou mais se não fosse pela quebra de acordo de preços feita por alguns estabelecimentos que atuam no setor de combustíveis em Camaçari. Como alguns postos estão mantendo os preços mais baixos, não seria viável para os outros o aumento de preços e a queda de clientes.
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