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Marcelo Carvalho afirma que movimento não quer a volta do imposto sindical
“O que nós queremos é que as assembleias decidam diretrizes”, destaca o presidente da UGT-BA.
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RedaçãoO presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT-BA), Marcelo Carvalho, afirma que os sindicatos brasileiros não querem a volta do imposto sindical, e sim autonomia. O dirigente afirma que é falsa a informação de que o presidente Lula quer o retorno desse tributo.
“O imposto sindical, que muitos setores da economia têm colocado na mídia que Lula e o movimento sindical querem de volta, é uma mentira. O que nós queremos é que as assembleias decidam diretrizes. O que houve com a reforma trabalhista de 2017 foi que ela simplesmente retirou a base dessa sustentação econômica do movimento sindical brasileiro, afastando essa possibilidade da contribuição”, disse Marcelo Carvalho.
Ainda segundo o dirigente, a reforma trabalhista “deixou o movimento sindical da mesma forma, negociando para todas as categorias, e os trabalhadores que não contribuem com nada são beneficiados do mesmo jeito. O que nós queremos é que as assembleias tenham autonomia de decidir o financiamento”.
Na avaliação do presidente da UGT-BA, é fundamental para as centrais sindicais a volta da norma da ultratividade. “Se uma convenção coletiva de trabalho vencer agora, ela continua válida até que haja uma nova negociação”, explica Marcelo, ao salientar que “o que nós queremos é o fim da emenda nº 45, que não obriga nenhuma parte a negociar com os trabalhadores. Ou seja, se um sindicato patronal não quiser negociar, ele não é obrigado a participar do dissídio coletivo de trabalho. O que nós queremos é obrigatoriedade da negociação”.
Carvalho ainda revela que as principais centrais sindicais estão formulando um documento que dará diretrizes para o que ele chamou de “novo movimento sindical brasileiro”. “Não queremos mais que nenhuma decisão do mundo do trabalho seja tomada por pessoas alheias. Queremos que os parlamentares legislem através do nosso conhecimento dentro do mundo do trabalho”.
O dirigente também afirma que, pela primeira vez na história, o movimento sindical brasileiro tem participado ativamente de um governo como um parceiro e indicando os caminhos que solucionarão os problemas de conflito entre as classes.
“Pela primeira vez na história do movimento sindical brasileiro, um presidente da República tem sentado com as principais representações de trabalhadores no país, como a UGT, e debatido temas relacionados ao mundo do trabalho com quem conhece organicamente o mundo do trabalho”, finaliza.
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