Opinião
João Roma participou do lançamento de Flávio e “botou” Bolsonaro no palanque
Roma foi ministro de Bolsonaro e candidato oficial do bolsonarismo ao Governo da Bahia.
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Geraldo HonoratoEm um badalado evento político no Clube Social de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, ACM Neto e João Roma dividiram o mesmo palanque pela primeira vez depois do segundo turno da eleição para governador da Bahia, pleito este vencido pelo petista Jerônimo Rodrigues.
O ex-prefeito de Salvador e o ex-ministro da Cidadania de Bolsonaro eram amigos e tornaram-se ferrenhos opositores na disputa pelo Palácio de Ondina, em 2022, com direito a um amplo repertório de insultos pessoais. Agora, sinalizam uma reaproximação estratégica, muito em função de Bruno Reis, que, ao que tudo indica, deve garantir o apoio do PL à sua campanha de reeleição na capital baiana. Em Camaçari, o PL estará com Flávio Matos (União Brasil).
O ato em Camaçari não foi realizado para selar definitivamente a paz entre Neto e Roma, mas para lançar a pré-candidatura de Flávio Matos à prefeitura, nome escolhido pelo atual prefeito da cidade, Antônio Elinaldo, para disputar sua sucessão. Como assim lançar oficialmente a pré-candidatura no ano anterior à eleição? Estranho, mas foi assim.
Ocorre que, na festa de lançamento de Flávio, Roma e Neto tiveram participações de destaque, com direito a um “convidado” indireto um tanto quanto indigesto: Jair Messias, o Bolsonaro, evocado em entrevista, e numa rápida saudação, nas rasas palavras de João Roma, para preocupação dos políticos que o cercavam em entrevista a este Destaque1. Para quem não lembra, Roma foi ministro de Bolsonaro e candidato oficial do bolsonarismo ao Governo da Bahia, além de ser reconhecido como principal interlocutor diretor do “capitão” no estado.
E olha que foram muitos os preocupados, entre eles o atual prefeito de Salvador, Bruno Reis, cercado por deputados estaduais e pelo deputado federal Paulo Azi, presidente do União nas capitanias da Bahia. Por falar em Bruno, foi dele o melhor discurso da noite. O “pivete do Calabar”, ou do “CalaBarra”, como denominou a vereadora soteropolitana Laina Crisóstomo, do Psol, está pegando no trisco.
Quando Bolsonaro esteve na moda, em 2019, o próprio Flávio até se aventurou numa fugaz associação de imagem ao ex-presidente. O intuito era tomar para si o posicionamento de representante maior da direita racional na cidade. Reza a lenda que os vídeos e registros publicados nas redes sociais sobre essa empreitada foram alocados no porão, mas nada que os detetives do prédio azul não consigam localizar; se é que esse serviço já não está feito.
Geraldo Honorato é jornalista, pós-graduado em Marketing Digital e em Comunicação e Política. É sócio-fundador da agência de publicidade PPÔ Comunicação.
*Este espaço é plural e tem o objetivo de garantir a difusão de ideias e pensamentos. Os artigos publicados neste ambiente buscam fomentar a liberdade de expressão e livre manifestação do autor(a), no entanto, não necessariamente representam a opinião do Destaque1.
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