Eleições: PT tem até esta segunda-feira para substituir Marcelino

Com o cancelamento da candidatura do vereador José Marcelino (PT) pela Justiça Eleitoral [ver aqui], o Partido dos Trabalhadores em Camaçari tem até esta segunda-feira (26) para realizar o pedido de registro de substituto, conforme legislação eleitoral.

O vereador recorreu da decisão e, de acordo com a assessoria do político, Marcelino não será substituído, pois a decisão cabe à força política que o vereador integra e essa possibilidade é inexistente. “Não existe substituição de Marcelino por nenhum companheiro ou companheira”, informou.

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Entretanto, internamente, há um movimento que defende a substituição do petista. Inclusive, neste domingo (25), às 19h, a legenda irá realizar uma reunião e o assunto deve ser um dos principais na pauta.

Como Marcelino pode não conseguir reverter o cancelamento da candidatura na Justiça Eleitoral, a principal preocupação do PT neste momento, com a manutenção da candidatura do vereador por mais tempo, é a possibilidade dos votos do político serem zerados, o quociente eleitoral da legenda ser comprometido e, consequentemente, o partido ter a bancada reduzida na Câmara.

Outro relevante aspecto desse imbróglio é a transferência dos votos de Marcelino para quem o substituir, que não está garantida, afinal os mandatos de Marcelino foram construídos também a partir da relação de quadros políticos que atualmente estão com candidaturas postas no cenário da disputa, a exemplo de Márcio Neves, Tagner Cerqueira e Kaique Ara, ou que tenham forte aproximação, a exemplo de Téo Ribeiro.

No entanto, esse é um problema considerado menor por quem defende a substituição, diante da possibilidade do partido perder todos os votos dos atuais eleitores de Marcelino.

Prováveis substitutos

O ex-secretário da Ordem Pública e Sustentabilidade de Camaçari, Francisco Carlos Franco Reis, foi cogitado internamente para substituir Marcelino na disputa.

Ao Destaque1, Franco disse que não foi consultado sobre a substituição e que acredita na reversão da decisão da justiça que cancelou a candidatura do petista.

Formado em administração de empresas, com especialização em Recursos Humanos, Franco também foi secretário de Governo, superintendente de Trânsito e Transporte, e secretário de Relações Internacionais.

Outros dois nomes já foram cogitados, porém descartados para ocupar a vaga de Marcelino na corrida eleitoral para o legislativo municipal: o ex-deputado estadual Bira Corôa e a professora Creonice Campos, que é esposa do ex-deputado. Os dois ocupam cargos públicos e não solicitaram a desincompatibilização no período estabelecido pelo calendário eleitoral.