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“(De)lírios”: em um mergulho autobiográfico e poético, Laíra Alves lança seu primeiro livro
Lançamento oficial será no dia 15 de dezembro, no Boulevard Shopping Camaçari.
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Camila São José“'(De)lírios’ é bordado pelos meus lírios e delírios, é um convite para que o leitor também reconheça e revele os seus a partir da leitura”. Essas são as palavras usadas por Laíra Alves para definir o seu primeiro livro, “(De)lírios”, que será lançado na próxima quinta-feira (15), a partir das 17h, no Boulevard Shopping Camaçari.
Atriz, artesã, mãe atípica, bacharel em Artes e poetisa, Laíra traz em 47 poemas uma espécie de autobiografia, através dos seus escritos no período entre 2014 e 2022. A ideia de publicar o livro surgiu no meio da pandemia, no ano passado.
“A ideia de escrever ‘(De)lírios’ surgiu em junho de 2021, e com uma certa estranheza para mim, porque apesar de já escrever desde 2014, esse título ainda não me cabia, ou pelo menos eu ainda não tinha esse olhar para o fazer poético. Eu sou uma artista com alicerces sólidos no teatro, que é a minha formação, artesanato, tenho um flerte com a dança e outras ramificações artísticas, mas a poesia e a literatura ainda me vinham como um lugar de apreciadora, de leitora. Então, ‘(De)lírios’ é lançado como livro, mas também o lançamento de uma poetisa que se reconhece como tal e sabe das suas potencialidades”, demarca a autora em entrevista ao Destaque1.
Nesse encontro consigo mesma e na descoberta das suas facetas, Laíra Alves também fala do respeito à sua ancestralidade, aos que vieram antes dela. Filha do dramaturgo, poeta, ator, diretor e cineasta Ivan Antônio, ela conta que compreender o seu lugar na arte, fazer o que chama de “travessia da poetisa e mulher”, passa pelas relações familiares e afetivo-amorosas, e pelo autoconhecimento, em uma espécie de “encontro com uma criança interior que é presente e se orgulha dessa mulher que se transforma, se redescobre e encontra novos caminhos”.
Ouça:
Nesse novo caminhar artístico, Laíra Alves aponta as suas maiores inspirações: a poetisa Florbela Espanca, considerada um dos maiores nomes da literatura portuguesa, o repentista e cordelista Mestre Bule Bule, e o seu pai Ivan Antônio.
“Para além do pai e mestre, tenho um parceiro, uma inspiração artística de alguém que reconhece o papel do artista como um farol, uma ponte entre a arte e a essência do ser humano. Ele me fez ter a percepção do poder da minha escrita e da necessidade de entregar ao público esta feitura poética. Ele me deu o presente de entender a arte como instrumento, a literatura como leitura de mundo. As bibliotecas sempre foram nossos paraísos”, declara.
A autora diz que o mergulho em “(De)lírios” é sobretudo um encontro com o amor. “O amor é o caminho, o meio, a ponte, a travessia, o encontro com o outro e para quem realmente somos e desejamos ser”, fala.
“A poesia está tatuada na minha essência e na pele, é a forma que encontrei de eternizar quem sou, das amarras que libertei e dos caminhos que percorri, da mulher que se permite o voo, e redescobrir novas rotas, com verdade e liberdade em plenitude”, complementa.
Para brindar a estreia, o livro será lançado no dia do seu aniversário, quando completará 30 anos. “Lançando ‘(De)lírios’ e celebrando este novo ciclo”, comemora.
Lançado pela editora Kalango, com edição de Dhan Ribeiro e revisão de Thamara Duarte, “(De)lírios” já está disponível para a pré-venda. Quem adquirir o livro nesse período poderá garantir os exemplares autografados e entregues presencialmente no dia do lançamento ou com envio a partir do dia 16 de dezembro.
O livro está à venda por R$ 40, e no dia 15, data do lançamento oficial, também estará disponível para compra.
Para ter um exemplar, basta entrar em contato pelo perfil oficial de Laíra Alves no Instagram ou pelo WhatsApp (71) 99256-3913.
Trajetória na arte
Natural de São Paulo, Laíra Alves se mudou com a família para Camaçari em 2004, e no município atuou em espetáculos teatrais como “A caminho da ternura” (com Paulo Betti e Sérgio Mamberti).
Na carreira de atriz integrou grupos locais, a exemplo do Teatro Amador de Camaçari (TAC), Bando de Teatro Resistência e Companhia Camaçariense de Diversão e Arte. Paralelamente às atuações, realizou cursos e oficinas na área de produção cultural, interpretação, criação de roteiro, dança contemporânea, ballet e dança de salão.
Em 2013 se formou no Bacharelado Interdisciplinar em Artes na Universidade Federal da Bahia, com área de concentração em Teatro. Três anos antes, em 2010, no mesmo período em que ingressou na faculdade, iniciou trabalho artístico no Museu de Ciência e Tecnologia da Cidade do Saber.
Seguindo com a arte, mas fora dos palcos, Laíra criou em 2015 o Ateliê Fazendo Arte, com produção artesanal especializada em feltro, produzindo bonecas, caricaturas e feituras manuais, voltada principalmente para o público LGBTQIA+, crianças negras, mulheres e pessoas com deficiência. Já em 2017, compôs a assessoria de produção do Mestre Bule Bule.
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