Com votação rápida, tranquilidade marca manhã do segundo turno em Camaçari

A votação do segundo turno para Presidência do Brasil e governador da Bahia foi tranquila na manhã deste domingo (30) em algumas escolas da sede de Camaçari. Com período médio estimado de cinco a dez minutos por voto, contando o processo de habilitação do eleitor e o tempo na urna, os eleitores conseguiram votar com mais calma.

As cenas de ordem e agilidade foram registradas nas escolas municipais Helena Celestino de Magalhães, no bairro Gravatá, São Tomaz de Cantuária, no Centro, Maria Quitéria, no Ponto Certo, e na Padre Paulo Maria Tonucci, no Novo Horizonte.

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No Colégio Municipal São Tomaz de Cantuária, que abriga 13 seções, a votação foi tranquila. Diferente do que ocorreu no primeiro turno, a calmaria tomou conta dos locais de votação. A professora e diretora do Sindicato dos Professores e Professoras da Rede Pública Municipal de Camaçari (Sispec), Ana Bueno, 52 anos, aproveitou o primeiro período do dia para exercer o papel de cidadania e assegurou que a votação foi mais tranquila no segundo turno.

A professora Ana Bueno votou logo cedo no Colégio Municipal São Tomaz de Cantuária. Foto: Hyago Cerqueira/Destaque1

“A votação foi muito tranquila, minha seção no primeiro turno foi cheia pela manhã até a noite. Muita gente veio pela manhã, desistiu, voltou à tarde e estava pior. Saí às 7h da noite. E agora ela está bem vazia e ocorrendo tudo mais rápido”, enfatizou.

Com boas expectativas para o resultado das eleições de 2022, Ana Bueno destacou sua opção de voto. “Tudo que nós, brasileiros, e eu, Ana Bueno, esperamos nesse momento, com muita emoção, é que o ex-presidente Lula, a partir de 1º de janeiro, seja o nosso presidente, porque ele representa o povo brasileiro muito mais do que o que aí está. Ele não nos representa, não representa as mulheres, o povo brasileiro, os pretos, as pretas, LGBTQIA+, o povo de terreiro, nós não nos sentimos representadas por esse presidente que aí está, nordestinos principalmente. Precisamos nos impor, colocar nossa força na urna hoje, e é tudo que eu espero, que às 20h a gente já possa comemorar esse dia histórico no Brasil”.

O eleitor Jedson Luiz, 38 anos, escolheu o período da manhã para votar na companhia do filho Valentim, de 3 anos, por achar mais tranquilo. “A votação tá tranquila em comparação ao primeiro turno, que foi mais agoniada e cheia. A expectativa está muito grande, e o segundo turno muda a cabeça de muita gente. Eu espero que o candidato que ganhar pense no futuro das nossas crianças, que é por ele [Valentim] que pensamos mais à frente, e o meu voto foi aceito e válido”, enfatizou.

Jedson Luiz levou o filho, Valentim, de 3 anos, para a votação. Foto: Hyago Cerqueira/Destaque1

Questionado sobre a importância de votar e pensar no futuro de todos, em especial das crianças e dos jovens, Jedson destacou que “a juventude precisa pensar na política, que já vem de dentro de casa e envolve nosso país, e necessitamos da juventude para que tenhamos uma política bem melhor”.

Votando pela primeira vez, a estudante Rayane Vanessa, 18 anos, achou a votação do segundo turno sem filas e mais tranquila. “Sem dúvida no primeiro turno a votação foi mais tensa e tumultuada, teve confusão, e no segundo turno foi mais tranquilo, sem filas, melhor para votar, está bem melhor”, destacou.

A estudante Rayane Vanessa participa da sua primeira eleição. Foto: Hyago Cerqueira/Destaque1

Quanto ao posicionamento da escolha do voto, Rayane defendeu o processo eleitoral como uma ferramenta para definir o futuro do país. “Minhas expectativas estão altíssimas, votei para o presidente Jair Messias Bolsonaro. Essas eleições vão decidir muitas coisas, vão decidir o futuro do nosso Brasil, nossa pátria. E como a gente diz sempre, Deus, pátria, família e a nossa liberdade sempre, paz e muita fé. Minhas expectativas estão altas, apesar da gente estar um pouquinho com medo, mas eu tenho fé que vamos vencer essas eleições”, disse.

Caso Jair Bolsonaro (PL) seja reeleito, a jovem afirma esperar, principalmente, a concretização de propostas ligadas à classe trabalhadora e à segurança pública. “Espero que ele venha exercer todas as propostas que ele prometeu, que venha cumprir, que venha realmente aumentar o salário mínimo para todos, pois a média dos brasileiros é de um a dois salários mínimos, então espero que ele faça isso. Espero que ele venha também dar segurança para o nosso Brasil ainda mais, dar segurança aos policiais, porque o Brasil precisa de segurança, saneamento básico, e tudo isso precisa ser ainda mais fortificado, como ele vem falando sempre, e a segurança da nossa família e do nosso Brasil”, enfatizou a moradora do bairro Jardim Limoeiro.

Na unidade escolar, apenas uma seção teve atraso e formou fila. De acordo com a massoterapeuta Iraci Ferreira de Jesus, na hora de votar a urna deu problema e ela não conseguiu escolher o candidato para governador. “Eu votei para governador e automaticamente apareceu nulo, corrigi de novo e apareceu nulo. A terceira vez já foi direto pra presidente, aí eu não confirmei o voto, porque eu não tinha votado para governador. Aí eu sinalizei a mesa, que estava votando e estava dando nulo”, explicou.

Iraci Ferreira teve dificuldade para votar devido a problema na urna. Foto: Hyago Cerqueira/Destaque1

Ainda segundo a eleitora, apenas o voto para presidente foi computado, já que para governador foi anulado. Ela foi orientada a comunicar o TRE sobre o ocorrido.

Diante da situação, a técnica de urna do TRE Iolanda Mota ressaltou que o voto da eleitora foi anulado devido à digitação errada do número. Ela acrescentou ainda que a urna não foi trocada, e após o ocorrido outras pessoas utilizaram o equipamento, e não apresentou problema. Segundo a técnica, o processo de votação no período da manhã não registrou falhas ou atrasos. “Alguns equipamentos tiveram que ser reiniciados, mas nada que prejudicasse o andamento das votações até o momento”, enfatizou.