Coletivo Afrobapho lança ‘AFROBAPHOLab: Bahia is Burning’, laboratório digital de artes

No dia 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, o Coletivo Afrobapho lançará o AFROBAPHOLab: Bahia is Burning, um laboratório digital de artes integradas, formado por rodas de diálogo, imersões artísticas e pocket show, que tem como objetivo visibilizar as produções de artistas independentes de Salvador. O evento acontecerá entre os dias 13 e 15 de agosto, com o patrocínio da Natura Musical e do Governo do Estado da Bahia, através do FazCultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.

O evento também marcará o lançamento de uma plataforma digital com mais de 200 artistas negros LGBTIQA+ do Nordeste, mapeados e cadastrados, além de uma websérie com cinco episódios, narrando a relação do coletivo com o Artvismo. Durante os três dias de evento haverá atividades que conectam artistas independentes, música, dança e performances, além da programação musical, com apresentações de Ventura Profana, Nêssa, Maya, DICERQUEIRA, entre outros.

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“Estou muito feliz com o acontecimento desse projeto, que será marcado como a primeira produção de grande porte do Afrobapho, que apresenta uma história de construção de novas narrativas criativas para visibilizar corpos dissidentes nas produções culturais e artísticas independentes”, comenta Alan Costa, fundador do coletivo.

O Afrobapho é um coletivo baiano formado por jovens negros LGBTQIA+ das periferias de Salvador que utilizam as artes integradas como ferramenta de mobilização e sensibilização social. Surgiu em outubro de 2015 como uma plataforma de ação coletiva que produz narrativas criativas para falar sobre questões sociais e direitos humanos. Através da dança, música, produções audiovisuais e performances artísticas, aborda, em uma perspectiva antirracista, questões de estética, dissidência de sexualidade e gênero que confrontam o padrão heteronormativo da sociedade. O Afrobapho é uma narrativa potente, que se manifesta através de corpos dissidentes que por muitas vezes foram excluídos, violentados e silenciados.

O “AFROBAPHOLab: Bahia is Burning” foi selecionado pelo edital Natura Musical, por meio da lei estadual de incentivo à cultura da Bahia (FazCultura), junto com Nara Couto, Mestre Aurino de Maracangalha, Mahal Pita e Mercado Iaô. No Estado, a plataforma já ofereceu 58 recursos para 58 projetos de música até 2020, como Margareth Menezes, Jadsa, Mateus Aleluia e Ilê Ayê.