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Camaçari: empreendedoras relatam impacto da pandemia nas vendas de ovos de Páscoa
Em meio à queda de vendas e dificuldades com fornecedores, confeiteiras proporcionam momentos especiais através dos doces.
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Mirelle LimaA Páscoa é sempre um ótimo momento para os empreendedores no ramo da confeitaria. Contudo, desde o ano passado, com a pandemia do coronavírus, os ovos de chocolate deixaram de estar na lista de compras de muitas famílias devido às dificuldades financeiras. De acordo com dados da empresa de pesquisas Boa Vista, em 2020 a venda de ovos de Páscoa reduziu 33% no Brasil. Ao Destaque1, empreendedoras de Camaçari relatam as dificuldades e as motivações presentes neste período.
Foi pensando no impacto da pandemia que a Zen Brigadeiros [conheça aqui] não comercializou ovos de Páscoa no ano passado. Neste ano, as irmãs Jamile e Naiara, de 24 e 20 anos respectivamente, ao lado da mãe Zene Trindade, 54 anos, responsáveis pela confeitaria, resolveram iniciar a produção dos ovos. “Não tivemos o volume de vendas que esperávamos, o que aconteceu também com outros colegas do ramo da confeitaria e, infelizmente, se deve à situação que o mundo se encontra no momento, o lockdown. Muita gente perdeu emprego, muitos comerciantes não estão podendo trabalhar, e tudo isso acabou afetando”, relatam.
Apesar do momento delicado, a família, que está há dois anos no mercado de doces, se sente agradecida por aqueles que compraram os ovos da Zen Brigadeiros. “É desafiador e gratificante ao mesmo tempo, muita gente nos escolheu pra adoçar esse dia mágico que é a Páscoa. Permitir que nossa empresa faça parte desse momento nos deixa muito felizes. Levar a felicidade em forma de doces para as pessoas nesse momento difícil é algo realmente muito especial”, contam.
Já para Ruthe Araújo, 22 anos, criadora da Docit’us [conheça aqui], as restrições impostas pela pandemia acabaram incentivando algumas pessoas a procurarem os pequenos empreendedores ao invés das grandes redes. “Como as pessoas não estavam saindo pra comprar em grandes estabelecimentos, muitos nos priorizaram pelos nossos produtos, são excelentes, tudo feito com matéria-prima de qualidade e muito amor”, afirma.
Na avaliação da confeiteira, é preciso tirar ensinamentos da pandemia, e a fraternidade deve ser o sentimento principal. “Acredito que a pandemia veio para ressaltar as coisas simples da vida, mostrar que o amor é o antídoto mais poderoso que existe, além de resgatar momentos e tradições que se perderam na nossa geração”, ressalta.
Além das dificuldades nas vendas, outro desafio para os produtores de doces é a escassez de matéria-prima, também em consequência da pandemia. No ramo da confeitaria há seis anos, Daiana Gomes, 27 anos, proprietária da Dai Bolos e Doces [conheça aqui], relata as dificuldades enfrentadas neste período. “Para a gente achar mercadoria tá muito complicado, infelizmente as entregas atrasaram muito e isso acaba prejudicando o fornecimento dos produtos para os nossos clientes. Apesar disso, acredito que tenha melhorado um pouco para as pessoas que trabalham com ovos caseiros, pois as pessoas optaram pela facilidade de receber em casa, já que as filas nesta época estão sempre grandes”.
Ela ainda destaca o aumento no preço dos produtos utilizados. “As mercadorias que comprávamos em um valor no ano passado, ou até há alguns meses atrás, simplesmente dobraram ou triplicaram de valor. Sem falar que a gente não acha mais três produtos em uma loja só, tem que correr todos os lugares possíveis”, enfatiza.
Em meio a tantos empecilhos, Daiana se mantém positiva com o objetivo de levar alegria para os clientes. “A gente quer conseguir que os nossos clientes que já compram há muitos anos continuem comprando e não deixem de levar um agrado para as pessoas queridas nessa data tão especial”, ressalta.
Para os amantes dos doces, há opções para todos os gostos nas confeitarias citadas. Todas realizam entregas a domicílio e produzem para festas sob encomenda.
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