Aulas só devem retornar com disponibilização de vacina, definem gestores da RMS

Paralelo ao retorno gradativo das atividades econômicas iniciadas na última semana com a implantação da primeira fase, os secretários municipais da Saúde (Sesau) e da Educação (Seduc), que fazem parte Região Metropolitana de Salvador (RMS) se organizam para elaborarem um protocolo unificado para a retomada das aulas presenciais. Por conta disto, o prefeito Elinaldo Araújo (DEM) participou nesta terça-feira (4), do primeiro encontro por videoconferência com alguns gestores a fim de traçar as primeiras diretrizes que nortearão a consolidação do plano destinado à educação.

Durante a reunião, os gestores chegaram a um consenso de maneira unânime pelo não retorno das aulas durante a pandemia do novo coronavírus ou somente quando disponibilizarem a vacina de prevenção ao vírus. Mesmo com esse posicionamento, pontuaram alguns indicativos e possíveis condicionantes que precisam ser considerados para a volta das atividades, como por exemplo, a garantia dos transportes escolares e intermunicipais para que os estudantes e professores se desloquem até as unidades escolares.

Publicidade

destaque-1-lateral

Entre outras condicionantes estão a efetivação de aulas remotas contando com o suporte das plataformas de TV e Rádio do Governo do Estado; testagem em massa dos alunos; e retorno das aulas de maneira sincronizada entre infantil, ensino médio, fundamental I e II, na perspectiva de não ter retorno no ano de 2020. O encontro contou com a interação dos secretários das cidades de Camaçari, Mata de São João, Pojuca, Simões Filho, São Francisco do Conde, Lauro de Freitas, Itaparica, São Sebastião do Passé e Madre de Deus.

Elinaldo frisou a importância de ter como prioridade a proteção da vida dos alunos e de todos os colaboradores da rede de ensino. “Nós precisamos estar preparados para que possamos caminhar na mesma direção. Compreendo que cada município tem as suas dificuldades, mas a saúde dos nossos estudantes e professores estão em primeiro lugar. Então, nesse momento precisamos agir com cautela e sabedoria”, salientou o gestor.

A secretária da Educação de Camaçari, Neurilene Martins se posicionou a favor de continuar estimulando o diálogo com as famílias dos estudantes e ainda sinalizou que o provável retorno das aulas poderá ser planejado por fases. “Nós temos que ter a clareza que quando a educação voltar será em fases, de acordo com as determinações sanitárias e pedagógicas. Nesse momento torna-se fundamental refletirmos sobre essas questões técnicas. Ter um protocolo compartilhado nos dá transparência e melhores condições de cuidarmos dos nossos estudantes”, destacou a secretária, que ainda ouviu as medidas que cada Secretaria da Educação dos outros municípios tem planejado para o desenvolvimento do documento.

O secretário da Saúde de Camaçari, Luiz Duplat, explanou o seu ponto de vista em relação a construção do plano de retomada das aulas. “Antes de qualquer coisa precisamos observar o cenário epidemiológico, as medidas sanitárias, o transporte, questões orçamentárias, números de leitos pediátricos disponíveis no sistema público e privado de saúde. A partir disso podemos analisar as etapas e os passos necessários para a formatação do protocolo”, explicou Duplat.

Uma próxima reunião está prevista para acontecer na sexta-feira (7), desta vez na modalidade presencial, a partir das 9h, com os prefeitos e secretários municipais e estaduais das pastas da Saúde e da Educação da Região Metropolitana de Salvador (RMS). O encontro ocorrerá no auditório da União dos Municípios da Bahia (UPB), situado no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. Na pauta, os representantes apresentarão os resultados deste primeiro diálogo, realizado de maneira virtual, ao governador da Bahia, Rui Costa (PT).