Saúde
Artrite reumatoide: doença atinge mulheres duas vezes mais do que homens
Trata-se de uma doença para a qual não há cura, mas que pode ser controlada.
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RedaçãoMultifatorial, a artrite reumatoide é uma doença inflamatória sistêmica, autoimune, crônica e progressiva, caracterizada primariamente pelo comprometimento das articulações periféricas e podendo levar a deformidades permanentes. Ela acomete mulheres duas vezes mais do que os homens.
Associada a múltiplos fatores genéticos e ambientais que levam à quebra da tolerância imunológica e início do processo inflamatório articular, a artrite reumatoide possui como um dos seus principais fatores de risco o tabagismo.
Os primeiros sintomas dessa doença são manifestados, geralmente, entre os 30 e 40 anos, e sua incidência tende a aumentar juntamente com a idade. Acompanhada por dor, edema e calor em qualquer articulação do corpo, principalmente nas mãos e punhos, a inflamação provoca rigidez prolongada, caracterizada por sensação de enrijecimento, percebida sobretudo pela manhã, ao acordar.
Tratamento
A médica especialista em reumatologia Viviane Machicado, que atende na clínica IBIS em Salvador, explica que a artrite reumatoide é uma doença crônica e, portanto não possui cura, mas pode ser controlada.
“Os tratamentos atuais possibilitam alcançar a remissão da doença, permitindo retorno à qualidade de vida e melhora dos sintomas. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, mais fácil será o controle da doença e melhor o seu prognóstico”, explica a médica.
Apesar de os tratamentos medicamentosos terem evoluído significativamente nos últimos anos, estes variam de acordo com o estágio da doença, atividade e gravidade, devendo ser mais agressivos quanto mais intensa for a doença.
“A base do tratamento são as drogas modificadoras do curso da doença, a maior parte delas imunossupressoras. Mais recentemente, os agentes imunobiológicos passaram a compor as opções terapêuticas, modificando definitivamente o curso da doença. O tratamento deve incluir também a educação dos pacientes e familiares sobre a enfermidade, além de terapias físicas (fisioterapia, terapia ocupacional)”, explica Dra. Viviane.
A progressão pode causar a destruição da cartilagem articular, e os pacientes podem desenvolver deformidades e incapacidade para realização de suas atividades diárias. Por isso, é de suma importância que, ao menor e primeiro sintoma, um médico especialista em reumatologia seja contatado. Assim, o tratamento mais específico para cada caso pode ser traçado e desenvolvido.
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