Política
“O povo vota de cima pra baixo”, rebate Jaques Wagner sobre fala de ACM Neto de não nacionalizar eleição
Wagner ganha vantagem na casadinha com Lula e Neto ainda não tem nenhum presidenciável ligado ao seu nome.
Publicado
em
Por
Camila São JoséO senador e pré-candidato a governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), disse em entrevista neste sábado (16) na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) que não cabe ao presidente nacional do DEM e pré-candidato ao governo estadual, ACM Neto, decidir ou não sobre a nacionalização das eleições de 2022.
“O ex-prefeito fica dizendo que não quer nacionalizar, não é ele que decide se vai ou não nacionalizar. Quem nacionaliza a eleição é o povo. Então, não é uma opção eu dizer: ah, prefiro não nacionalizar ou prefiro nacionalizar. A eleição é nacional, porque tem uma eleição de presidente da República e o povo vota de cima pra baixo, escolhe presidente e depois vai escolhendo o restante”, rebateu Jaques Wagner.
O ex-prefeito de Salvador tem evitado embates com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sob a justificativa de não nacionalizar as eleições e evitar dar vantagem a Jaques Wagner. Quando esteve na Bahia, em agosto, Lula afirmou que “não tem o que conversar politicamente com ACM Neto”, que o DEM está enfraquecido e que Neto colocou o PT como “inimigo”, tendo como missão “tentar trabalhar para nos derrubar”. (lembre aqui)
Neto aparece com larga vantagem frente a Wagner nas pesquisas de intenções de voto, porém quando a casadinha entre Lula e o senador aparece, os percentuais de Jaques Wagner aumentam e se aproximam do democrata.
Visando fortalecer sua atuação nacionalmente, ACM Neto buscou a fusão com o PSL para formar o União Brasil e buscar a chamada terceira via, e até então não tem nenhum presidenciável ligado ao seu grupo político. Na Bahia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), já colocou o ministro da Cidadania e ex-aliado do democrata, João Roma, como a sua aposta.
Jaques Wagner aproveitou a ocasião para criticar as gestões do DEM no governo do estado e provocar ACM Neto. “Agora, o problema é o seguinte: ele não tem candidato e, também não tem patrimônio na Bahia para apresentar, pode ter em Salvador quando ele administrou. Mas na Bahia, qual é o patrimônio? Só botar a bola pra rodar que a gente vai comparar 16 deles antes da gente chegar”.
Leia Também
-
“O nosso Polo está pronto para receber novas indústrias”, garante Ivoneide Caetano
-
“Eu não resolvo só abrindo hospitais”, dispara Jerônimo sobre críticas à regulação e ao HGC
-
Serviços eleitorais do projeto ‘TRE em todo lugar’ chegam em Dias d’Àvila
-
“Agora tenho certeza que vamos conseguir fazer esse gol”, crava presidente do PT da Bahia sobre Zé Neto
-
Projeto de escuta da população ‘Diga Aí’ acontece neste sábado em Monte Gordo
-
Políticas públicas para literatura periférica serão pautadas em audiência pública na Alba