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Entrevistas

Natan analisa execução do Fila Zero e cenário político para eleições

“Tem sido um desafio, um prazer e uma missão estar conseguindo melhorar a saúde dos nossos munícipes”, avalia.

Camila São José

Publicado

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Natan analisa execução do Fila Zero e cenário político para eleições
Foto: Patrick Abreu/Destaque1

Há cinco anos à frente da Secretaria de Saúde de Camaçari (Sesau), Elias Natan inicia um novo ciclo na pasta com o programa Sesau Fila Zero, responsável pela realização de cirurgias eletivas em pacientes que aguardavam por procedimentos desde setembro de 2019.

Em quatros meses, o Sesau Fila Zero realizou mais de 600 cirurgias, e agora em junho começará uma nova etapa com a execução de cirurgias pediátricas.

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Nesta entrevista cedida ao Destaque1, Natan faz um balanço da gestão e fala sobre o projeto, planejamentos para o segundo semestre de 2022, cenário da pandemia de Covid-19 e das arboviroses (dengue, zika e chikungunya), desabastecimento de insumos, regulação, atendimento de urgência e emergência, atenção básica, construção e reestruturação de unidades de saúde, entre outros temas.

Em ano de corrida eleitoral, o vereador licenciado também comenta o panorama político no Brasil, Bahia e em Camaçari.

Destaque1 – A secretaria iniciou 2022 colocando em prática o programa Sesau Fila Zero, com a realização de cirurgias eletivas que acabaram sendo reprimidas por conta da pandemia de Covid-19. Em quatro meses, mais de 600 cirurgias em pacientes adultos já foram realizadas. Que balanço o senhor faz da ação até o momento e quais procedimentos têm sido mais procurados?

Assista:

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D1 – Há ainda quantas pessoas na fila de espera?

Elias Natan – Quando nós inicialmente buscamos todo o nosso sistema de informação, quantas pessoas tínhamos cadastradas para cirurgias eletivas, eram em torno de 4 mil. Obviamente, as pessoas começaram a ser convocadas. Nós fizemos um corte de setembro de 2019 até agosto de 2021. Obviamente que durante esse tempo algumas pessoas podem ter conseguido resolver o seu problema buscando outras formas, então estimamos que essa fila deve rodar em torno aí de 2 mil cirurgias para serem realizadas, mas já estamos com 600 concluídas. E quero reafirmar que o projeto só finda quando todas as pessoas que estão na fila de espera estiverem com seus problemas resolvidos.

D1 – O senhor citou a questão do recadastramento do cartão do SUS. O Sesau Fila Zero, além da fila de espera para cirurgia eletiva, também resolveu o problema da quantidade de cartões SUS aqui do município?

EN – Isso de forma parcial, porque obviamente a gente precisa recadastrar toda a nossa população, uma população de cerca de 300 mil habitantes, obviamente que não poderia e nem deveria ser recadastrada no Fila Zero. Na realidade, nós utilizamos essa estratégia de recadastrar aproveitando aquele momento em que o usuário chega, comprova sua residência e ele recebe seu novo cartão Mais Saúde Camaçari. Aí já é recadastrado, e temos agora essas pessoas nos nossos bancos de dados. Obviamente que para você recadastrar toda a população de Camaçari serão necessárias outras estratégias, que a nossa diretoria de planejamento já está elaborando para que nós possamos agora atingir o restante da população e termos esse problema, que era crônico em Camaçari, uma população de 300 mil [habitantes] com 600 mil cartões SUS, o que fazia com a que a secretaria cada vez investisse mais recurso e recursos em pessoas que não eram do município. Com esse recadastramento a gente vai ter uma base fiel dos moradores de Camaçari, obviamente podendo ofertar cada vez um serviço melhor.

D1 – Agora no mês de junho, o Sesau Fila Zero iniciará outra etapa com a realização de cirurgias pediátricas. Como tem sido o atendimento às crianças? Quais as principais demandas do público infantil?

EN – Nós já iniciamos as cirurgias oftalmológicas, que estavam também na nossa lista de espera, mas nós tínhamos também essa demanda das crianças que necessitavam fazer as suas intervenções cirúrgicas. Então, nós já iniciamos o processo de avaliação dessas crianças, de cirurgião pediátrico fazendo avaliação, e a partir de agora, do mês de junho, iniciaremos também as cirurgias pediátricas.

D1 – Essas cirurgias vão atender às crianças que já estavam na fila aguardando procedimento. Caso surjam outros pacientes que também necessitem de atendimento cirúrgico, serão encaixados na programação do Sesau Fila Zero?

EN – Seguramente, essas crianças que nós já estamos convocando já estavam no nosso banco de dados, no nosso sistema, aguardando cirurgia. Obviamente, por não ser uma demanda tão grande assim, que é uma clientela específica criança, a proporção de crianças que necessitem de cirurgias forem também diagnosticadas, e evidenciada a necessidade, elas serão incorporadas no projeto e terão também as suas cirurgias realizadas.

D1 – E qual a estimativa? Quantas crianças deverão ser atendidas?

EN – A gente tem a expectativa aí de que tenhamos por volta de 300 crianças necessitando de alguma intervenção cirúrgica. São diversas as intervenções. A gente tem essa expectativa, obviamente que a gente só pode ter um dado mais fidedigno a partir do momento que o projeto continuar. E essa demanda, quem não entra no nosso conhecimento, procurar o nosso serviço para serem então encaminhadas.

Natan analisa execução do Fila Zero e cenário político para eleições

O secretário comemora a execução do Sesau Fila Zero e os avanços na atenção básica. Foto: Patrick Abreu/Destaque1

D1 – Agora partindo para a atenção básica, no começo do mês de maio foi inaugurada a USF da Gleba B e autorizado o início da construção do Centro de Referência de Saúde da Mulher. Junto com as obras, como tem sido a atuação da Sesau nesse setor? Que pontos o senhor destacaria?

EN – Na atenção básica eu destacaria primeiro a mudança do modelo de assistência. Nós tivemos durante muito tempo em Camaçari dois modelos concorrentes entre si, que é a Unidade Básica de Saúde, onde está o médico clínico, o ginecologista, o pediatra, com Unidade de Saúde da Família. Existia esse misto de modelos em nosso município. Nós avançamos, transformamos algumas Unidades Básicas, a exemplo da Bomba, da unidade da Gleba B, que funcionava no modelo de Unidade Básica de Saúde, e nós estamos lá colocando Unidade de Saúde da Família, inclusive com horário diferenciado, com o programa Saúde na Hora, onde nós temos atendimento ininterrupto das 7h da manhã às 7h da noite, inclusive aos sábados. Isso você amplia o acesso da comunidade, principalmente as pessoas que durante a semana não têm a possibilidade de fazer uma consulta, porque estão trabalhando. Quando você cria a possibilidade de atendimento aos sábados, você possibilita que essa demanda que fica reprimida durante a semana possa ir no dentista fazer sua avaliação, consulta. Nós trabalhamos essa mudança de modelo, já implantamos esse modelo novo na unidade de Monte Gordo e também na unidade de Vila de Abrantes. Isso tem feito com que nós consigamos avançar bastante na cobertura da atenção básica. Quando assumimos a Secretaria de Saúde de Camaçari, com 52% de cobertura da atenção básica, na estratégia de saúde da família, e nós vamos demonstrar agora na próxima semana, na prestação do quadrimestre, que já chegamos agora a 96% de cobertura da atenção básica justamente com essas estratégias e com o reforço das equipes de saúde da família em nosso município.

D1 – Na outra ponta, o atendimento de urgência e emergência é alvo constante de críticas por parte da população. A sede só conta com uma UPA e a UPA pediátrica. A orla também tem apenas uma UPA e os PAs de Vila de Abrantes e Monte Gordo. A previsão é que o PA Nova Aliança seja entregue até outubro. O que a pasta tem pensado para melhorar o serviço prestado? Há a possibilidade de construção de mais uma UPA na sede ou orla?

Assista:

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D1 – O senhor falou sobre as Unidades de Saúde da Família estarem atendendo a pequenas emergências. Que impactos diretos vocês já perceberam neste tempo em que foi adotada a medida?

EN – A gente percebe uma demanda menor nas nossas UPAs, obviamente em virtude de ter criado mais pontos de atendimento e a resolutividade também maior. E a própria satisfação do usuário. A partir do momento que nós, apenas citando como exemplo, colocamos esse serviço ali na Unidade de Saúde da Família da Gleba B, a gente já percebe que as pessoas procuram aquela unidade, e obviamente isso vai diminuir a sobrecarga.

D1 – E nessas unidades há também a questão da regulação. Quantos pacientes hoje estão na fila, tanto para a regulação municipal quanto estadual? Como tem sido o diálogo com a Secretaria de Saúde do Estado nesse sentido?

EN – Aí, no tocante à regulação para internamento, porque o município faz a regulação de pacientes para fazer exames. A nossa regulação municipal faz esse tipo de serviço, mas quando o paciente necessita de um internamento, só quem faz essa regulação é a central estadual da Sesab. Por que a central estadual? Porque é ela que enxerga lá no sistema dela os hospitais e onde tem vaga. O município não enxerga, por exemplo, se tem vaga no Hospital Menandro de Farias ou se tem vaga no Hospital Ernesto Simões, porque a gente não tem acesso a esse sistema, porque quem tem e deve ter é a central estadual. A regulação municipal, identificada a necessidade do internamento do paciente, lança no sistema do estado e lá tem um médico regulador que visualiza essa necessidade de internamento, e a depender da condição daquele paciente, qual recurso ele vai precisar, ele é direcionado para determinados hospitais. A gente encontra dificuldades, obviamente, porque as nossas UPAs e nossos Pronto Atendimentos, que em tese e em lei seriam locais para atender urgência e observação até 24 horas, a gente tem situação de pacientes ficarem 10 dias, 15 dias, 20 dias aguardando uma vaga para ser regulado, e um paciente que precisa estar ali sob observação você não pode dar alta para aquele paciente ir para casa. Isso também é dos fatores que sobrecarregam as nossas UPAs, porque o paciente fica ali ocupando leito e necessitando na realidade de leito hospitalar, e em virtude dessa dificuldade e dessa celeridade dessa remoção, acarreta uma sobrecarga nessas UPAs.

D1 – Fazendo um recorte para a pandemia, em Camaçari os números caíram drasticamente, com semanas em que não houve registros de casos de Covid-19. Como o senhor avalia esse cenário que tem se encaminhado no pós-pandemia na cidade?

Ouça:

 

D1 – Esse aporte financeiro que estava sendo utilizado exclusivamente para o combate ao coronavírus está sendo redistribuído de que forma agora?

EN – A gente tem feito um investimento bastante no Sesau Fila Zero, porque havia a necessidade de que essa fila não retornasse. Então, os investimentos que eram feitos de forma regular, normalmente eram feitos, eles continuam sendo feitos, e agora a gente teve condição, a Prefeitura de Camaçari, de pegar o recurso e destinar especificamente para o Fila Zero. A demanda na saúde é muito grande, então você tem que priorizar. Lá atrás a prioridade era o Covid, e aí a prefeitura investiu, fez todo aquele investimento para o que era o maior problema de saúde pública. Hoje, uma vez que houve esse arrefecimento dessa demanda, dessa necessidade de investimento principalmente em UTIs, você já começa a direcionar esses recursos hoje, tanto para o Sesau Fila Zero como também para a infraestrutura. Nessa lógica fizemos toda a readequação do espaço da Gleba B, já estamos iniciando a requalificação para o Centro de Referência da Mulher, vamos avançar e concluir a obra que está ali sendo feita no Camaçari de Dentro, vamos fazer a ampliação do Burissatuba, porque ali a população cresceu muito, principalmente com a chegada do Minha Casa Minha Vida do Algarobas. A gente precisa ter uma equipe exclusiva para atender o pessoal do Algarobas. A nossa proposta ainda nesse segundo semestre é fazer a ampliação da unidade de Burissatuba para que possamos atender de forma mais eficiente o pessoal do Algarobas, que estavam inicialmente sendo atendidos cá no Camaçari de Dentro, era muito mais distante para essa população. Estamos fazendo investimento também ali na nossa Academia da Saúde de Arembepe, porque de certa forma foi depredado aquele espaço – nós já estamos requalificando. Então, são diversas linhas de frente. Vamos iniciar também a requalificação da Unidade de Saúde da Família do Nova Aliança, que será ali no fundo da base comunitária, onde hoje funciona a Unidade de Saúde da Família do Nova Aliança será o nosso PA. Então estão todos esses investimentos programados para serem realizados agora no segundo semestre.

D1 – Com relação aos investimentos feitos para o enfrentamento ao coronavírus, o que será ou está sendo reaproveitado pelo município no combate e tratamento a outras doenças?

EN – Nós tivemos investimentos importantes na saúde do município, com a aquisição principalmente de insumos e de oxímetros, termômetros. Recebemos doação de respiradores, que foram colocados nas nossas UPAs. Isso tudo foi qualificando também o atendimento. Então, esses investimentos que foram feitos no passado nas nossas estruturas agora continuam à disposição da população.

D1 – Esses baixos índices da Covid-19 se devem sobretudo à vacinação. No entanto, com mais de um ano de campanha, a gente ainda tem mais de 22 mil pessoas que não tomaram a primeira dose, mais de 40 mil que não retornaram para a segunda aplicação. Em relação à primeira dose de reforço, quase 175 mil deixaram de tomar. A segunda dose de reforço também está em andamento e o número total de imunizados ainda é baixo, pouco mais de 2.200 pacientes. Quando fazemos o recorte para o público infantil, mais de 15 mil ainda não foram imunizadas. A que o senhor atribui isso? O que a Sesau tem feito ou planejado para atingir essa meta de 100% da população vacinada?

EN – Eu atribuo à própria campanha antivacina que foi feita. A gente entende que o caminho é seguir a ciência. Se nós conseguimos chegar no estágio que chegamos hoje, com essa diminuição visível dos casos de Covid, deveu-se às ações preventivas, às ações sanitárias, à vacina, que foi extremamente importante e a gente continua convocando a população. Ampliamos, descentralizamos os pontos de vacinação no nosso município justamente para facilitar o acesso. Naquele momento mais crítico, sábado, domingo, colocamos o drive-thru, em virtude da importância que a vacina tem na prevenção das doenças. E foi assim que a gente conseguiu debelar e erradicar a varíola, conseguimos erradicar a poliomielite, a paralisia infantil, e isso deveu-se à vacina, deveu-se ao conhecimento científico, e que a população teve acesso devido ao próprio desenvolvimento da ciência, então a gente não pode abrir mão disso. Hoje a gente vai buscando cada vez mais mostrar à população a importância. Qualquer pessoa hoje que toma um corte e quando se prescreve lá vacina contra o tétano, a pessoa vai tomar a vacina, porque se não tomar a vacina vai ter tétano. E por que não fazer isso com a Covid? Se existia uma desconfiança com relação ao tempo do desenvolvimento da vacina, obviamente a gente entende que foi um tempo curto comparado a outras vacinas, mas se você for olhar a estatística, o benefício que a vacina trouxe para a população é uma coisa que não tem nem como comparar. Então, é necessário que a população cada vez mais seja orientada, e quem tem que fazer essa orientação são as pessoas que trabalham com saúde, são os profissionais de saúde que têm que levar a informação científica para a população e dessa forma fazer com que a população entenda a importância dessa vacinação.

D1 – A pandemia está aliviando, mas outras doenças já conhecidas da população têm acendido o sinal de alerta. Como está o cenário da dengue, zika e chikungunya? Quais ações estão em execução e qual orientação o senhor dá aos moradores de Camaçari?

EN – Estamos em um quadro preocupante em virtude do quantitativo de pessoas que têm chegado às nossas unidades com sintomas dessas arboviroses, de dengue, zika, chikunguya. Vamos desenvolver a partir da próxima semana uma campanha para alertar a população. A gente sabe como evitar a dengue, só precisamos colocar em prática. Estamos em um quadro preocupante hoje em relação à dengue, é necessário que a população contribua, porque o poder público apenas fazendo a parte dele não é o suficiente para que a gente consiga vencer esse problema. É um momento também bastante chuvoso, que teve uma eclosão e proliferação do mosquito [Aedes aegypti] no nosso município. Inclusive já tivemos alguns casos de dengue hemorrágica, superando já indicadores de outros anos, então a vigilância está extremamente atenta. É extremamente importante que a população tenha consciência que estamos passando pela pandemia da Covid, de alguma forma talvez foi relegado a segundo plano essas outras viroses, e é importante que a gente tenha consciência da importância de se fazer as medidas preventivas também.

D1 – O senhor falou que já são conhecidas, mas não custa nada lembrar quais são essas medidas preventivas. Como é que a população pode ajudar a combater?

EN – Perfeito. A gente tem que evitar que o mosquito prolifere, e ele se prolifera a partir do momento que tem ali aqueles recipientes com água parada. Muitos terrenos baldios onde as pessoas não estão fazendo a devida limpeza, tem que fazer. Nós temos trabalhado nessa perspectiva de diminuir esses focos. Nós trabalhamos com os nossos agentes de endemias. Inclusive durante o mês passado as equipes trabalharam no fim de semana eliminando focos do mosquito em nosso município. Mas a população tem que contribuir evitando propiciar que esses recipientes que acumulam água parada, tanques descobertos, fiquem aí possibilitando que o mosquito venha a se desenvolver, a colocar ovos e consequentemente ficar transmitindo o vírus para a população.

D1 – Em dados e números, o que significa esse sinal de alerta?

EN – Hoje nós já tivemos até maio mais do que tivemos o ano passado de casos notificados, e esse é um alerta extremamente importante. Nós, junto com a Vigilância [Epidemiológica], nos reunimos para definir uma ação mais transversal, a gente vai precisar de toda a prefeitura envolvida: Seinfra, Sedur, Sefaz, Segov, Sesau. A gente está desenvolvendo esse plano de contingência de ação para colocar em prática, aproveitando da comunicação, das mídias, para a gente poder estar levando essas informações à população.

Natan analisa execução do Fila Zero e cenário político para eleições

Natan alerta para o cenário alarmante de dengue, zika e chikungunya em Camaçari. Foto: Patrick Abreu/Destaque1

D1 – Outra dificuldade enfrentada tem sido o desabastecimento de vários insumos, a exemplo da vacina BCG, da vacina da Pfizer contra Covid-19, analgésicos, antibióticos e anestésicos. Como a Sesau tem lidado com isso? Há alguma previsão para regularização, já que não é um problema apenas municipal?

EN – Há um desabastecimento. Nós, que vinhamos aí durante todos os anos com a cobertura na nossa assistência farmacêutica dos nossos medicamentos cerca de 80%, 85%, hoje é de 72%, mas isso deve-se justamente a esse desabastecimento. Isso pós-pandemia. Os fornecedores alegam que a indústria não está entregando, a indústria vem em uma lógica de aumento até abusivo de determinados insumos. Haja vista que a dipirona desapareceu do mercado, custava um real, passou a custar 10 reais. Isso tudo dificulta a oferta do mercado. A exemplo também de alguns hipoglicemiantes que tratam do diabetes, a glicazida, que já não encontramos mais no mercado. Nós temos empenhado, compramos, mas o fornecedor não entrega. Isso é uma situação também extremamente preocupante. Há 10 dias atrás tínhamos uma preocupação muito grande com relação a soro fisiológico, nós tínhamos um estoque que daria aí até 20, 30 dias, e já com esse desabastecimento apontando para uma possível falta. E aí nós temos buscado algumas estratégias, aderido a outras áreas na perspectiva de conseguir comprar. Então é um desabastecimento que vem ocorrendo de forma nacional, a mídia tem alertado e colocado de forma muito clara. A prefeitura mantém o compromisso dos seus investimentos na assistência farmacêutica, tem demonstrado ano a ano que a prefeitura tem investido cada vez mais em medicamento. Temos empenhado, temos comprado, e agora estamos aguardando a entrega por parte dos fornecedores.

D1 – O senhor já adiantou a inauguração de unidades de saúde no segundo semestre. Mas dentro do planejamento há outros projetos e ações previstas para este ano?

Ouça:

 

D1 – E o Hospital Municipal está nesse planejamento?

EN – O Hospital Municipal é uma proposta que o governo colocou. Há uma necessidade pela carência de leitos clínicos, como eu falava há pouco aqui, a dificuldade que a gente tem de regular um paciente para o internamento. Hoje a necessidade maior com relação aos nossos pacientes que necessitem de internamento é o leito clínico, e a gente está buscando trazer uma proposta para o governo, haja vista que o prefeito Elinaldo fez todo o esforço no sentido de construir o Hospital Municipal, tentou incluir ali no recurso da CAF o financiamento, fomos para Brasília buscar, mas infelizmente não conseguimos incluir na CAF, e a nossa diretoria de planejamento está criando uma estratégia para apresentar para o prefeito qual seria esse outro modelo que nós poderíamos contemplar o município de forma a atender essa necessidade que é o internamento dos pacientes em leitos clínicos.

D1 – Sobre o cenário político, o senhor é vereador licenciado. Pretende seguir como secretário até o fim da gestão de Elinaldo?

EN – Enquanto nós estivermos contando com a confiança do prefeito Elinaldo, com o apoio da população, que não nos tem faltado apesar de todas as dificuldades, apesar da complexidade que a saúde é, de determinadas insatisfações pontuais que a gente sabe que ocorre que a pessoa tem o direito à saúde, está lá na nossa Constituição, e a gente enquanto gestor tem que fazer essa realidade na vida das pessoas, esse direito ser garantido. Enquanto a gente estiver avançando na nossa saúde, que eu acredito, na autocrítica que faço desde quando assumi a Secretaria de Saúde em janeiro de 2017 até a presente data, a gente conseguiu avançar e transformar a saúde de Camaçari. Então, enquanto a gente conseguir ter essas condições, que em momento nenhum foi falta, culpa da gestão, o prefeito Elinaldo colocou a saúde enquanto prioridade e na medida do possível tem mostrado isso à população. Então, enquanto a gente conseguir avançar na saúde de Camaçari, pra mim tem sido um desafio, um prazer e uma missão estar conseguindo melhorar a saúde dos nossos munícipes.

D1 – E em 2024, o senhor planeja tentar novamente a eleição a vereador ou tem outros planos em mente?

Ouça:

 

D1 – Nas eleições deste ano já declarou que seguirá o nome apresentado pelo prefeito Elinaldo Araújo para a Assembleia Legislativa da Bahia, o pré-candidato Manuel Rocha. Por que acredita que ele é o melhor nome? Teria algum outro pré-candidato da cidade que o senhor acredita ser uma opção?

Assista:

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D1 – O senhor falou que, caso ACM Neto seja eleito, a Bahia terá um ganho na saúde. Comparando com a gestão dele em Salvador, o que acha que ele pode trazer para a gestão estadual?

EN – Bom, em Salvador a gente viu que ele conseguiu ampliar as ofertas de serviços no tocante à saúde. Obviamente, saúde você não pode ter um avanço focal, em virtude da complexidade que é a saúde você precisa avançar nela como um todo. É o que ocorre normalmente, a gente avançou Camaçari e pessoas da região circunvizinha não têm o mesmo avanço que Camaçari, e se deslocam para cá. E aí o recurso não dá para todo mundo, e aí você não consegue avançar tanto na população de Camaçari, em virtude disso. Já está extremamente colocado com relação ao excessivo número de cartões SUS que temos no nosso município. A partir do momento que você tem um governador que já se propõe a mudar esse modelo de saúde do nosso estado, avançar na regulação… tenho visto falas de Neto que a exemplo do que nós fizemos aqui no Sesau Fila Zero, que tem trazido um impacto extremamente positivo para a saúde da população, Neto tem essa visão também de uma regulação zero. Ou seja, dar uma celeridade nas necessidades dessas regulações. Então, com esse aumento da oferta, seguramente que teremos uma nova metodologia, com uma nova política de saúde implantada no estado, todo o estado vai avançar, Camaçari de forma consequente também avançará. Aliás, Camaçari tem sido protagonista em muitas ações na saúde e acredito que a equipe que está debruçada sobre o planejamento do governo de Neto deve usar de muitas das experiências exitosas que Camaçari já usou para compor também o seu programa de governo.

D1 – O senhor é filiado ao PSDB, partido que integra a chamada terceira via, tinha João Doria como pré-candidato e agora deve marchar ao lado de Simone Tebet, do MDB. Aqui na Bahia, o PSDB está com ACM Neto, que afirma a independência, sem apoio de um presidenciável, e o MDB está ao lado dos pré-candidatos Jerônimo Rodrigues e Lula, do PT. Diante desse cenário, qual nome o senhor defende para presidente da República?

EN – Como eu falei, eu sou liderado pelo prefeito Elinaldo, faço parte de um projeto político que pretende transformar a Bahia. Obviamente o que os nossos líderes orientarem a gente vai acompanhar. Nesse primeiro momento estou avaliando ainda as candidaturas aí colocadas. Gostaria muito que o PSDB pudesse ter superado essas divergências internas e ter avançado com um candidato. Infelizmente isso não foi possível, em virtude das diversas divergências que ocorreram desde as prévias que foram realizadas pelo partido, mas a gente vai apoiar, votar e pedir voto para aquele que nós entendermos ao longo desse processo eleitoral, que vai começar com as campanhas de televisão, com as propagandas, com as propostas colocadas, tenho certeza que nossos líderes verão o que é melhor para a Bahia e melhor para Camaçari. E nós estaremos juntos somando esforços no sentido de termos um presidente comprometido com o nosso estado, comprometido com Camaçari para que nós possamos continuar avançando.

D1 – Então o nome a ser seguido é o nome que Elinaldo e ACM Neto indicarem ao grupo político?

EN – Seguramente o nome que os nossos líderes indicarem que é o melhor para Bahia, o melhor para Camaçari, avaliaremos, mas seguramente acompanharemos os nossos líderes.

D1 – Para encerrar a nossa entrevista, gostaria que o senhor fizesse as suas considerações finais.

Assista:

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