Política
“Não me procurou, se tivesse teria conversado naturalmente”, diz Félix Mendonça Júnior sobre Wagner
O pré-candidato Jaques Wagner afirma que tem buscado apoio do PDT e diretório estadual estuda fechar com ACM Neto.
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Camila São JoséDeputado federal e presidente do PDT na Bahia, Félix Mendonça Júnior disse hoje (31) em entrevista à Rádio Sociedade que a conversa com o senador e pré-candidato a governador Jaques Wagner (PT) não ocorreu porque ele não foi procurado.
Até o momento, seguindo orientação do pré-candidato a presidente da República Ciro Gomes, o PDT estuda fechar aliança com ACM Neto para o Palácio de Ondina.
“As negociações nós estamos conversando com o partido nacionalmente e conversando aqui localmente na Bahia com o ex-prefeito de Salvador ACM Neto. Essa é a única negociação que a gente tem encaminhada. Wagner não procurou a gente, a mim pelo menos. Pode ter procurado outras pessoas, o PDT é amplo, pode ter procurado outros deputados que também não conversaram comigo sobre o assunto e pode ter procurado a nacional também, que não falou sobre o assunto comigo. Ele não me procurou, se tivesse me procurado teria conversado naturalmente”, disse.
Ao apresentador Adelson Carvalho, Félix Mendonça Júnior garantiu não ter raiva do Partido dos Trabalhadores e falou em “ciúmes” dos ex-aliados após apoio e composição da chapa de Bruno Reis (DEM/UB) nas eleições de 2020, com a vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT).
“[O PT] achava que o partido tinha que, sim, abaixar a cabeça e seguir piamente as orientações do governo para mantermos alguns espaços no governo estadual. Não estamos na política por espaço”, declarou ao criticar a escolha da Major Denice para a chapa majoritária.
Segundo o deputado, em 2020 o PT não quis conversa com o PDT. “E agora, quando precisa, quer que a gente vá sem ao menos procurar”, criticou. “Somos um partido independente. Se eles se irritaram porque a gente apoiou Bruno Reis, paciência”.
Félix Mendonça Júnior disse que conversas não estão descartadas e que ainda não há definições. “Eu posso não ir com o PT, mas não por questão de raiva. Essa questão de raiva eu deixo com o senador Jaques Wagner. Eu não tenho raiva, mas a gente tem que compartilhar ideias. Nós, na eleição de prefeito de Salvador, seguimos um rumo diferente, e esse rumo deixou o PT irado. Tão irado que retirou aonde nós estávamos trabalhando com maestria”, disparou.
Quanto ao apoio à eleição de Ciro Gomes a presidente, o líder do diretório estadual do PDT falou que não há exclusividade em uma possível aliança com o ex-prefeito de Salvador, mas que deseja ter um palanque na Bahia. O União Brasil, partido oriundo da fusão do DEM e do PSL, ainda analisa a possibilidade de lançar uma candidatura própria ao Palácio do Planalto.
“Nós nunca exigimos que fosse algo exclusivo só com Ciro Gomes. Então, isso aí é uma negociação que a gente vem fazendo com o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, mas nunca exigimos exclusividade com Ciro. Nós queremos, sim, ter um palanque aqui na Bahia, e vamos ter”.
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