Jerônimo diz que não há prazo para instalação de câmeras nos fardamentos policiais

Ao ser questionado sobre a implementação das câmaras corporais no fardamento de policiais militares, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), declarou que ainda não há um prazo para concretizar medida. Em 28 de dezembro, o governador firmou, junto ao Ministério da Justiça, o acordo de cooperação técnica que visa desenvolver atividades integradas para a adesão ao Projeto Nacional de Câmeras Corporais.

“Na hora que a gente tiver com essas câmeras prontas, eu estarei dialogando com vocês [da imprensa] sobre o prazo. Não creio que dê tempo e não vou criar expectativas para o Carnaval. Depois a gente anuncia, e não dá certo”, afirmou Jerônimo nesta terça-feira (16).

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O ex-prefeito de Salvador e secretário-geral do União Brasil, ACM Neto, criticou as diretrizes adotas pelo governador na segurança pública. “O governador insiste em cruzar os braços e minimizar o tamanho do problema, mas os números estão aí: nos primeiros 15 dias do ano, 56 pessoas foram assassinadas no estado […]. As consequências da falta de comando e de políticas públicas eficientes são trágicas”.

Sob a justificativa de qualificar as evidências criminais e garantir a proteção dos policiais e dos cidadãos em interações cotidianas, as body cams já estão em vigor em alguns estados, como Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, Minas Gerais e Santa Catarina.

Em indicação apresentada na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o deputado estadual Penalva (PDT) destacou a urgência da medida diante da necessidade de aprimorar a segurança pública no estado. “Medidas semelhantes estão sendo adotadas em outras localidades do país, especialmente no Estado de São Paulo, e vêm resultando em significativos avanços na preservação do patrimônio e da segurança pública”, argumentou o pedetista.

 O deputado também sugeriu ao governador a implantação de um sistema de monitoramento e segurança por meio de totens de alarme em vias e praças de municípios baianos com altos índices de violência urbana, a fim de alertar os órgãos sobre situações de risco.