Camaçari
Incêndio: cerca de 70% das chamas no Jardim Limoeiro foram controladas
Calcula-se que 120 mil litros de água foram utilizados.
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RedaçãoSegundo a Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil (Compdec) de Camaçari, cerca de 70% das chamas do incêndio registrado no Jardim Limoeiro foram controladas, e não há riscos de evolução. O trabalho intenso, realizado em conjunto entre a Defesa Civil e o 10º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) de Camaçari, aconteceu ao longo de toda a noite de quarta (17), seguindo pela madrugada e estendendo-se pela manhã desta quinta (18). Calcula-se que 120 mil litros de água foram utilizados, e o fogo atingiu o equivalente a 70% dos resíduos plásticos armazenados no terreno.
Considerado pela Defesa Civil como um dos maiores incêndios ocorridos em Camaçari nos últimos anos, as chamas, que começaram na vegetação, atingiram um depósito de materiais reciclados, localizado no bairro Jardim Limoeiro, quando o fogo alcançou grandes proporções em poucos minutos. Diante disso, a Prefeitura de Camaçari montou uma força-tarefa para atuar no combate ao incêndio e na assistência às famílias afetadas.
As equipes atuaram fazendo o resfriamento do material, que foi confinado em um único espaço para evitar a propagação das chamas. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Ivanaldo Soares, com o suporte de máquinas, cedidas pela Secretaria da Infraestrutura (Seinfra), foi possível controlar melhor a situação. “Recebemos oito máquinas, entre elas, tratores e retroescavadeiras para abrir aceiros, o que impediu que o fogo atingisse o restante do material distribuído nas grandes sacolas”, declarou.
“Por ser, em sua maioria, materiais plásticos, essa queima é volumosa e muito lenta, o que dificulta ainda mais nosso trabalho. Agora, estamos planejando uma logística diferente, trazendo novas máquinas da Seinfra, como pá carregadeira e trator esteira, para reforçar a operação, mas, provavelmente, os trabalhos vão continuar durante toda a tarde desta quinta”, explicou.
Responsável pela equipe do Corpo de Bombeiros que atua no local desde a tarde de quarta (17), o capitão Jurandir Santos Araújo explicou que, por ser um depósito de materiais diversos e indiscriminados, a situação é ainda mais delicada. “Não temos noção exata de qual material está sendo consumido pelo fogo, e isso representa um risco potencial ainda maior, pois estamos lidando com o desconhecido, inclusive nos expondo a perigo químico e biológico, considerando que até frascos de medicamentos encontramos aqui”.
Na oportunidade, o capitão aproveitou para chamar a atenção da população sobre a importância de comunicar aos órgãos competentes a presença de espaços onde existam materiais armazenados próximo às residências. “Essa situação não traz só o risco de incêndios, mas também a proliferação de insetos, ratos e outros animais peçonhentos que transmitem doenças. Hoje estamos fazendo um trabalho reativo, que é o de combate às chamas, mas pedimos à população para nos apoiar no trabalho preventivo, e, quando identificar situações desse tipo, denunciar para não chegar a esse ponto”.
Vale ressaltar que os moradores que precisaram sair dos imóveis que ficam nas proximidades do local ainda não estão autorizados a voltar para as casas, devido à fumaça tóxica que continua densa. Para assistir as mais de 30 famílias que foram retiradas de suas residências, a Secretaria do Desenvolvimento de Social e Cidadania (Sedes) atua no sentido de abrigar essas pessoas em alojamentos ou deslocá-las para a casa de parentes. A pasta também segue acompanhando a situação ao longo do dia.
A Secretaria do Desenvolvimento Urbano e Meio (Sedur), através da Superintendência de Ordenamento e Fiscalização de Uso do Solo (Suofis), também participa da ação. De acordo com a pasta, a atuação da equipe se dá com o intuito de identificar o proprietário do espaço, a fim de checar as condições de funcionamento, mas o responsável pelo local ainda não foi localizado.
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