“Essa sociedade não pode ser governada por um genocida”, crava Lula

Em frente ao Farol da Barra, em Salvador, na noite desta quarta-feira (12) o candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não mediu críticas a seu adversário, o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).

Foto: Hyago Cerqueira/Destaque1

“Essa sociedade brasileira não pode ser governada por um genocida, que carrega nas costas a morte de 680 mil pessoas. Ele não foi capaz de derramar uma lágrima”, disparou.

Publicidade

destaque-1-lateral

“Nós vamos dar uma surra no ‘Bozo’ e o ‘Bozo’ vai parar de mentir, porque ele não nasceu pra governar nada”, alfinetou.

Lula ainda criticou o movimento de Bolsonaro de “usar as religiões” para angariar eleitores. O petista afirmou que tanto no Círio de Nazaré quanto na festa da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida do Norte (SP), hoje, ele “foi escorraçado”.

“Tentando tirar proveito de religião, usando o nome de Deus em vão”, falou. “Eu tenho 76 anos de idade, eu respeito todas as religiões, fui eu que criei a lei de liberdade religiosa”, reforçou.

“Cada um professa a religião que quer e Deus está olhando para todos em igualdade de condições”, complementou.

Promessas

Durante seu discurso Lula também aproveitou para apresentar as suas propostas e promessas de campanha.

Foto: Hyago Cerqueira/Destaque1

Dentro dos programas sociais, o petista afirmou que caso eleito vai retomar o Minha Casa Minha Vida. O programa, de construção e financiamento de moradias populares, foi extinto pelo governo Bolsonaro. O atual presidente substituiu o projeto pelo Casa Verde e Amarela.

“Vamos voltar a fazer o Minha Casa Minha Vida e não precisa pintar de verde e amarela, pode pintar de qualquer cor, pode até de vermelho se vocês quiserem”, prometeu.

No recorte para a montagem da estrutura do governo, Lula assegurou a recriação do Ministério da Igualdade Racial e a implantação do Ministério dos Povos Indígenas. “Não haverá mais garimpo na Amazônia”, garantiu.

“Esse país vai voltar a ser governado não com inteligência da cabeça, para dar certo precisa ser governado com a inteligência do coração”, defendeu.

Outra bandeira defendida por Lula foi o combate à fome. Para o petista o retorno do Brasil ao mapa da fome “é falta de vergonha na cara da elite brasileira e falta de vergonha de quem governa esse país”.

“Eu quero voltar pra provar que outra vez um metalúrgico vai acabar com a fome nesse país, que outra vez nós vamos colocar as pessoas pobres da periferia nas universidades, nas escolas técnicas”, cravou.

Eleição na Bahia

Quanto à disputa eleitoral, Lula agradeceu os 5.873.081 votos do primeiro turno.

“Estou aqui para agradecer a cada mulher, cada homem, cada adolescente que no dia 2 de outubro teve a ousadia e coragem de colocar o meu nome na urna eletrônica. Desde 1989 que eu sou grato ao povo da Bahia”, declarou.

“Eu faço aniversário no dia 27 de outubro e quero pedir que me dê de presente o voto de vocês no dia 30 de outubro e aí eu vou ser um ‘bananinha’ feliz”, pediu.

Lula também pontuou que a vinda para Bahia teve o objetivo de impulsionar a candidatura de Jerônimo Rodrigues.

Foto: Hyago Cerqueira/Destaque1

“Eu vim aqui pra dizer pra vocês que eu preciso que vocês elejam o Jerônimo governador da Bahia. Eu quero repetir a parceria que eu fiz com o companheiro Jaques Wagner, a parceria que eu fiz e o PT fez no primeiro mandato com Rui [Costa]”.

Lula sinalizou que Jerônimo vai herdar o trabalho feito pelo senador Jaques Wagner (PT) e pelo governador Rui Costa (PT).

“[Jerônimo] se quiser ser melhor do que os dois vai ter que trabalhar, trabalhar e trabalhar, e a sua sorte é que eu vou tá lá em Brasília pra governar, governar e governar”.