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Edição virtual do Baile Banzé fortalece cultura LGBTQI+
Serão quatro oficinas de artistas da cena nordestina, dois vídeos-performance e um ball online.
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RedaçãoDepois de um ano, o Baile Banzé está de volta com uma edição virtual em comemoração ao aniversário da cultura Ballroom em Salvador. Serão quatro oficinas de artistas da cena nordestina, dois vídeos-performance e um ball online. O evento, nomeado Baile Banzé: Aniversário, será transmitido pelo Instagram do projeto, e as inscrições serão abertas no dia 15 de março.
Misturando moda, vogue e performances, o Baile Banzé tem foco na comunidade LGBTQI+ e negra.
No dia 6 de março, o projeto inicia com a oficina de “Face”, ministrada por Rany Hilston (PE), da Casa Mandacaru. No dia 7, haverá a oficina de “Hands Performance”, com Ian Morais (SSA), da House of Tremme, que promove o evento.
Na semana seguinte, no dia 13, acontece a oficina de “Runway”, com Fênix Zion (AL), da House of Zion. No dia 14, a oficina de “Vogue Femme” contará com Yagaga Kengaral, pioneira da cena Ballroom do Ceará.
Durante o mês de março, serão divulgados dois vídeos-performance do Baile Banzé e um minidocumentário contando um pouco da produção do projeto e da história da House of Tremme. A competição acontecerá até o dia 28 de março, quando serão anunciados o primeiro e segundo lugares, premiados com R$ 600 e R$ 200 reais, respectivamente.
O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia), via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, governo federal.
Ballroom
Os balls são eventos que ganharam notoriedade mundial a partir do lançamento do documentário Paris em Chamas (1990), que trata da cultura Ballroom, uma prática que foi iniciada em Nova York pela comunidade negra e latina LGBTQI+, principalmente entre as pessoas trans e travestis, que começaram a se agrupar em houses, ou seja, casas, e competir por troféus, performando tudo o que era usado como opressão no cotidiano.
Antigamente, as houses eram formadas por pessoas que eram expulsas de casa. Em situação de rua, desempregadas e coagidas às periferias sociais, juntas formavam uma nova família e chegavam a morar em um mesmo lugar. Hoje em dia, não é tão comum dividirem a mesma locação, mas essas redes de apoio ainda são perpetuadas. Grandes houses se estabeleceram em vários lugares do mundo, como a House of LaBeija, House of Ninja e House of Extravaganza.