Desfile Cívico em Monte Gordo dá início às comemorações do 265º aniversário de Camaçari

O desfile cívico de Monte Gordo abriu, na manhã deste sábado (16), a celebração do 265º aniversário da emancipação do município de Camaçari.

Foto: Patrick Abreu/Destaque1

A abertura tradicional foi realizada pela Filarmônica 28 de Setembro, com os hinos do Brasil e da cidade. A cerimônia inicial de hasteamento das bandeiras nacional, estadual e federal ficou a cargo do prefeito Elinaldo Araújo (União), do comandante da 59ª CIPM, major José Cristiano Lima de Araújo, e do presidente da Câmara de Vereadores, Flávio Matos (União). 

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Foto: Patrick Abreu/Destaque1

Na ocasião, Elinaldo afirmou a importância de a comunidade de Monte Gordo estar engajada com o evento. “Monte Gordo é importante, a população gosta, participa também. É o momento de reflexão, estão aqui várias lideranças, o mais importante, o povo participando de mais um grande desfile em comemoração da emancipação política”, destacou. 

Os desfiles em celebração do aniversário de Camaçari são realizados na sede, em Monte Gordo e Vila de Abrantes. Sobre a possibilidade de expansão das comemorações para mais localidades do município, o prefeito ponderou em relação as dificuldades organizacionais e logísticas. 

Assista: 

A secretária de Educação de Camaçari, Neurilene Martins, acredita que a quantidade de desfiles atual e a escolha dos locais onde acontecem conseguem representar a cultura e população do município. 

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Sob o tema  ‘Camaçari, meu lugar no mundo é aqui: Diversidade, Direitos Humanos e Felicidade’, os desfiles cívicos deste ano contam com a ampla participação das escolas municipais. Dentre as participantes, a Escola Municipal Boa Esperança levou para a avenida a defesa do Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca). 

Foto: Patrick Abreu/Destaque1

“A gente tá falando ‘Camaçari: meu lugar é aqui’, da diversidade, com relação à cultura, o empoderamento da mulher, o Estatuto da Criança e do Adolescente, os direitos da criança. A gente focou no Eca mesmo, porque a gente vê quantos direitos são tirados das crianças. O direito da alimentação, direito da educação. E através do desfile a gente veio pra rua e percebeu a alegria deles de estarem participando, porque a gente também descobriu, a gente que tá na educação, que só se muda a realidade através da educação, e a gente vai conseguir mudar a vida dessas crianças”, pontuou a diretora da instituição, Edielle Gomes.

Edielle Gomes. Foto: Patrick Abreu/Destaque1

Além de defender os direitos da infância e adolescência, a escola discutiu, através da arte, o direito da mulher. “A gente viu a menina que tinha vontade de ser lutadora de boxe e alguém dizia que não podia, e a gente disse que pode, que a mulher pode ser o que ela quiser, tem que ser respeitada. A criança que tem direito a educação, direito à alimentação, e às vezes foi negado, a gente tá trabalhando o Estatuto e dizendo que é direito deles, é lei”, declarou a educadora.

Foto: Patrick Abreu/Destaque1

O direito de ser incluído na vida em sociedade foi pauta da Escola Professora Marcelina Bispo, que coloriu a Rua Bom Jesus com uma apresentação diversa e inclusiva. “A mensagem que a escola traz hoje para a avenida é que nós devemos ter a conscientização da paz, que com a paz nós teremos um mundo melhor, e a inclusão, porque nós estamos trabalhando, vivendo e vivenciando a inclusão na sociedade, e nós temos muitas crianças que estão sendo incluídas, e isso é muito importante para o aprendizado delas, tanto para a vida quanto para o aprendizado mesmo, e a interação com os outros”, declarou a diretora Rosemeire Borges.

Rosemeire Borges. Foto: Patrick Abreu/Destaque1

“A gente já trabalha o projeto ‘Ubuntu’, onde o projeto traz o respeito pelo outro, o respeito às diferenças, e foi tranquilo, nós conseguimos juntar os dois projetos, e deu nessa coisa linda que está aqui na avenida hoje”, acrescentou Borges.

Maria Riselia Santos. Foto: Patrick Abreu/Destaque1

Mãe de Aylla Santos uma das alunas que possuem Síndrome de Down e participaram do desfile da Escola Professora Marcelina Bispo, a doméstica Maria Riselia Santos acredita que a tradição é uma importante forma de registro da história da comunidade. “É muito importante, porque esse aí é resgatando memórias e guardando mais memórias da cidade, da comunidade, do lugar onde a gente mora”, disse. “É a primeira vez [que venho], e tô amando”, celebrou Santos.

Aylla Santos. Foto: Patrick Abreu/Destaque1

A auxiliar de limpeza Lucia Nunes, por sua vez, acompanha os desfiles anualmente. “É muito importante fazer parte dessa comemoração, e uma conquista muito grande saber que estou fazendo parte da cidade de Camaçari”, comentou.

Lucia Nunes. Foto: Patrick Abreu/Destaque1

Foto: Patrick Abreu/Destaque1

O desfile contou com a presença, no total, de seis escolas municipais, seis grupos de fanfarra, além de nove grupos culturais originários de todo o município de Camaçari.

Foto: Patrick Abreu/Destaque1

Foto: Patrick Abreu/Destaque1

Liderados pelo professor de percussão Willian Amorim, a Banda Marcial Joana Angélica (Bamaja) agitou o público do desfile com canções populares como “Chorei na Vaquejada”, de Tarcísio do Acordeom, “Balão Mágico”, da Turma do Balão Mágico, e “Descobridor dos Sete Mares”, do cantor Tim Maia.

Willian Amorim. Foto: Patrick Abreu/Destaque1

“É uma honra muito grande estar aqui novamente nesse desfile, abrilhantando ainda mais com a nossa banda, que já vem muito tempo apresentando”, disse Amorim. Segundo o professor, a banda teve três meses de preparação para a apresentação nos desfiles cívicos do mês. “É uma preparação que a gente vem desde o mês de junho com a equipe, muito grande, muito forte, pra estar aqui novamente”, concluiu. 

Foto: Patrick Abreu/Destaque1

Foto: Patrick Abreu/Destaque1

A Companhia de Apoio Social e Cultural Espermacete, grupo tradicional da cidade, levou ao desfile uma apresentação repleta de ancestralidade. A mestra do grupo, Nildes Bonfimm, acredita que o evento é uma oportunidade de fazer com que a cultura do município atravesse gerações. “Novas gerações surgindo, a gente não pode deixar acabar e não pode deixar se perder essa essência e essa cultura”, disse. Com saias floridas e uma tradição familiar, o Espermacete encantou o público com a apresentação de samba de roda raiz.

Nildes Bonfimm. Foto: Patrick Abreu/Destaque1

Esse encantamento do público, segundo o presidente do Poder Legislativo, Flávio Matos, é um dos principais objetivos dos desfiles cívicos realizados em celebração ao aniversário de Camaçari. “A gente tem crianças com muita expectativa, escolas, os professores estão reunidos, a comunidade que aguarda ansiosamente pelos desfiles cívicos. Acho muito importante essa realização, a gente vê a felicidade do povo que vem assistir nas arquibancadas”, afirmou o político.

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Também presente no evento, o vereador Manoel Jacaré (PSDB), natural do distrito, ressaltou a importância histórica de Monte Gordo para o município.

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