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Como secretário, Caetano pode ajudar governo Elinaldo em articulação junto ao Estado
Em entrevista ao Destaque1, ele fala sobre as expectativas e os objetivos para o novo cargo e revela os planos para as eleições de 2022.

Publicado
em
Por
Mirelle Lima
Ex-prefeito de Camaçari e ex-deputado, Luiz Caetano (PT) se tornou o novo secretário de Relações Institucionais do Estado da Bahia (Serin) na terça-feira (18), um dia após o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) julgar improcedentes as condenações contra ele no caso da Fundação Humanidade Amiga (Fuhmani), retomando, portanto, seus direitos políticos.
Na Serin, Caetano será responsável por intermediar as ações do Governo do Estado com outras organizações, políticos, órgãos públicos e a comunidade. A pasta foi criada em 2006, quando foi ocupada pelo atual governador Rui Costa (PT).
Em entrevista ao Destaque1, Caetano fala sobre as expectativas e os objetivos para o novo cargo, explica sobre a relação com adversários políticos e revela os planos para as eleições de 2022.
Destaque1 – Como o senhor pretende representar Camaçari no Governo do Estado?
Luiz Caetano – Como eu vou fazer com os outros municípios. Anteontem já tive reuniões com prefeitos de vários municípios, hoje vamos ter com prefeitos da Região Metropolitana, e a minha fala em todos esses encontros é que a missão da Serin é fazer um bom relacionamento institucional com os municípios, com a Assembleia, com a Câmara, com o Congresso, com a sociedade como um todo. É a nossa missão. Eu vou atender a todos, independente de partido político, porque ali estou representando o Governo do Estado nessa relação, vou atender a todos igual, sem nenhuma diferença, e o que eu puder ajudar o nosso município eu vou ajudar.

Foto: Hyago Cerqueira/Destaque1
D1 – Quais serão seus principais objetivos na Serin?
L.C – É um desafio muito grande a Serin, fazer esse relacionamento com todos os setores. O governo de Rui Costa está com 78% de aprovação, ele é um gigante, e precisamos melhorar cada vez mais a articulação do governo, institucional, não só política, o que eu já estou fazendo desde o primeiro dia. Tenho conversado com prefeitos, com deputados, estou com uma agenda forte de visitas para que o governo esteja presente em todos os lugares, de forma institucional.
D1 – O senhor já passou por diversos cargos importantes, mas essa é a primeira vez que assume uma secretaria de nível estadual. Como encara esse desafio?
L.C – Eu sempre sonhei em ser secretário de Estado, eu achava que era a experiência que estava faltando. Eu gosto mais do Executivo do que do Legislativo, tanto que fui prefeito três vezes. Fui vereador, fui deputado, mas eu me dou melhor no Executivo, então para mim é um motivo de muita alegria. Fico muito agradecido ao governador Rui Costa por me confiar essa tarefa e me colocar na sua equipe.
D1 – O governador Rui Costa definiu o senhor como “uma figura extraordinária, com uma capacidade política enorme”. Qual a sensação de lidar com essa responsabilidade e assumir uma pasta que já foi ocupada pelo próprio Rui?
L.C – Pesa, né? Foi ocupada por Rui, e quando eu conversei com ele pela primeira vez, ele falou: “você vai tomar conta da articulação do governo, fui eu que montei a Serin quando Wagner era governador”. Então, eu tenho que trazer a Serin para, no mínimo, como ela era na época de Rui, que fez um bom trabalho lá dentro. Ele conhece a estrutura melhor que eu, mas estamos conversando bastante. É uma responsabilidade grande, mas eu vou dar conta, se Deus quiser.

Foto: Hyago Cerqueira/Destaque1
D1 – A Serin foi apontada como um ponto fragilizado dentro do governo Rui Costa. A base aliada chegou a criticar o governador, no período de transição entre Cibele Carvalho e Jonival Lucas, sendo apontado como aquele que não queria fazer política, sendo comparado à ex-presidente Dilma Rousseff quanto à disposição para fazer política. Que avaliação o senhor faz da atuação da Serin durante o governo de Rui Costa?
Ouça:
D1 – Na sua opinião, que motivo levou o governador Rui Costa a considerar o seu perfil o ideal para a pasta?
L.C – Ele disse na fala dele, né? Me sinto muito honrado e sabendo que a responsabilidade aumenta. Ele espera que eu faça exatamente isso que estou dizendo, e eu também espero que eu consiga fazer, dar uma cara mais forte para o governo em todos os cantos.
D1 – O papel da Serin é de articulação política, encaminhamento de demandas. O senhor declarou que pretende “abrir as portas” do governo para intensificar o diálogo com os prefeitos. Falando de Camaçari, cidade que é seu território político e onde o senhor declara abertamente ser adversário do atual prefeito Elinaldo, como pretende estreitar esse diálogo e garantir que as demandas do município sejam atendidas?
L.C – Eu estou aberto para dialogar com o governo municipal, com os vereadores da base do governo, não tenho nenhum problema. Estou ali representando uma instituição, então vamos fazer um trabalho republicano. Inclusive, hoje vou ter uma reunião com vários prefeitos do DEM. Já recebi vários prefeitos do DEM. Temos que alinhar o diálogo entre os deputados também, e o meu foco é transformar a Serin, cada vez mais, na porta de entrada do governo e em uma casa que receba bem a todos.

Foto: Hyago Cerqueira/Destaque1
D1 – No dia 15 de maio, o Tribunal de Justiça da Bahia julgou improcedentes as condenações contra o senhor no caso da Fundação Humanidade Amiga e devolveu os seus direitos políticos após quase três anos. Como o senhor recebeu essa decisão e que avaliação faz dessa reviravolta no seu caso?
Ouça:
D1 – Há pretensão de concorrer às eleições para deputado estadual em 2022 ou o foco será o apoio à Ivoneide Caetano como deputada estadual ou federal?
L.C – Já estou decidido, não vou concorrer em 2022, não pretendo concorrer para mandato eletivo. A minha ideia agora é contribuir com o governo Rui Costa, e, do ponto de vista político, pretendo montar uma bancada de deputados federais muito forte na Bahia, para dar sustentação ao próximo presidente, que vai ser Lula. Quando eu falo em montar uma bancada, a ideia é estar trabalhando não só com o PT, mas com todos os partidos. E, naquilo que eu puder, do ponto de vista político, uma bancada forte para o próximo governador, que tenho certeza que será Wagner. E vou lutar por isso também, então esse é meu foco. Estou discutindo a possibilidade de Ivoneide ser candidata a deputada federal dentro desse conjunto de forças políticas do estado. Se tudo der certo, continuo no governo até o fim de 2022.
D1 – Como estão atualmente as alianças e apoios políticos municipais que ficaram abalados a partir das eleições municipais do ano passado?
L.C – Nós crescemos durante as eleições, tive quase 40 mil votos para deputado estadual em 2018, e Ivoneide teve quase 53 mil votos em 2020. Boa parte dos candidatos que vieram para nossa chapa não fizeram campanha, temos poucos vereadores que fizeram campanha no dia a dia e chegaram a tantos votos. Uma semana antes estávamos com a eleição ganha, de acordo com pesquisas, e o governo teve que dar muitos saltos para chegar onde chegaram. Penso que nós saímos vitoriosos, tanto que hoje estou secretário.
D1 – Para finalizar, faça suas considerações finais.
Ouça:
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