Política
Baiana, miss e ex-primeira-dama da Paraíba está entre os vândalos do ato golpista
Ela foi casada com o ex-governador Ricardo Coutinho, um dos principais aliados de Lula no estado.
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RedaçãoNatural de Senhor do Bonfim, a ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela Monique Cardoso Bório (PSC) participou dos ataques golpistas em Brasília (DF) no último domingo (8). Ela foi casada com o ex-governador Ricardo Coutinho, atualmente filiado ao PT e um dos principais aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado.
Pâmela divulgou a sua participação no ato antidemocrático nas redes sociais, acompanhada do filho de 12 anos e com um tecido amarelo enrolado na cabeça. Hoje, ela, que também já foi miss, é suplente de deputado federal pelo PSC na Paraíba.
“Estamos fazendo o que aqui, Henry?”, pergunta Pâmela ao filho em vídeo que circula pelas redes sociais. “Estamos fazendo história, vamos tirar o Brasil das mãos dos comunistas tiranos. É a melhor coisa que eu já fiz na minha vida”, responde a criança.
Ao ser identificada e fortemente criticada por levar um menor de idade para a ação antidemocrática, Pâmela Bório excluiu o seu perfil nas redes sociais. Em nota enviada à imprensa, ela disse que estava apenas cobrindo a “manifestação” enquanto jornalista. Pâmela é formada em jornalismo pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb).
Pâmela negou que tenha levado o filho para Brasília. “O meu filho está de férias e ontem [domingo] estava passeando no shopping com seus tios enquanto eu estava fazendo os registros [do ato]”, afirmou antes de desativar o perfil.
Histórico
Pâmela Bório já foi alvo de investigação do Ministério Público da Paraíba (MP-PB), em 2013, quando ainda era esposa do então governador Ricardo Coutinho. Na ação, o MP-PB apurava despesas realizadas pela Casa Civil do estado na Granja Santana, residência oficial do governador. Segundo auditoria do Tribunal de Contas, as despesas haviam sido encomendadas por ela.
Ela também está envolvida em outras polêmicas ligadas ao seu casamento. Dois anos após o seu divórcio, em 2017, uma decisão judicial a obrigou a apagar todas as postagens das redes sociais com textos difamatórios e inverídicos que atacavam a imagem do ex-governador. A Justiça ainda determinou que ela não citasse mais Ricardo Coutinho em seus perfis.
No ano seguinte, em 2018, ela derrubou o portão da Granja Santana com o próprio carro. Na ocasião, afirmou que tinha ido até a residência para encontrar o filho e temeu alguma agressão, saindo de maneira brusca, derrubando o portão. A Justiça da Paraíba a absolveu do crime de dano qualificado ao patrimônio, em 2019.
Na política, Pâmela se candidatou ao cargo de deputada federal em 2018 pelo PSL, então partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ela ficou na suplência, mas o diploma de suplente foi cassado em 2019 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porque o seu divórcio aconteceu ainda durante o segundo mandato de Ricardo Coutinho, que terminou em 2018, o que a tornou inelegível.
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