Saúde
Após caso de Febre de Oropouche na capital, Sesau monitora situação em Camaçari
Conforme a pasta, o município segue sem casos de investigação e confirmação.
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Mariane SenaO primeiro caso de Febre de Oropouche (FO) em Salvador foi confirmado pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) ao longo da semana passada. No estado, até o momento, já foram diagnosticados 47 casos. Ao Destaque1, a Secretaria de Saúde de Camaçari (Sesau) informou nesta segunda-feira (15) que o município não tem registros da doença ou de casos suspeitos.
“A Sesau está com todas as equipes das unidades de saúde informadas de que, ao surgir qualquer paciente com sintomas que se assemelhem aos da Febre de Oropouche, que o caso deve ser informado à Vigilância Epidemiológica para início da investigação. Até o momento não temos nenhum caso em investigação ou confirmado”, garante.
Na Bahia, além do caso confirmado na última quarta-feira (10) na capital, os demais pacientes vivem nas cidades de Teolândia (22 casos); Valença (10 casos); Laje (10 casos); Taperoá (dois casos); e Mutuípe (dois casos).
Ainda de acordo com a Sesab, não há motivo para alardes, tendo em vista que a situação é um evento atípico, visto que a doença não é considerada endêmica na região do baixo sul, onde se concentra a maior parte das cidades afetadas. A pasta não divulgou maiores detalhes sobre o estado de saúde dos pacientes.
No Brasil, o Amazonas declarou que está passando por um surto da doença. Em fevereiro, o estado já havia registrado cerca de 1.674 casos da moléstia, quantitativo que representa um aumento de 68% dos casos reportados em igual período em 2023. Apesar dos casos da enfermidade estarem concentrados na região Norte do país, nas últimas semanas surgiram pacientes no Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Febre do Oropouche
Conforme o Ministério da Saúde, a doença viral é causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, presente na família Peribunyaviridae. Vale destacar que o Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi isolado pela primeira vez no território brasileiro em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça (Bradypus tridactylus), capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília.
Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no país, sobretudo nos estados da região amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela).
Entre os principais sintomas estão febre, dor de cabeça e dores musculares, condições semelhantes aos de outras arboviroses, a exemplo da dengue e a chikungunya.
O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial. Já quanto ao tratamento, não existem medidas específicas. O Ministério da Saúde ressalta que os pacientes são orientados a permanecer em repouso, com terapia sintomática e acompanhamento médico.
Para prevenção, os especialistas destacam atitudes como evitar áreas onde há muitos mosquitos; se possível, usar roupas que cubram a maior parte do corpo; além de aplicação de repelente nas áreas expostas da pele, e manter a casa sempre limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.
Se houver casos confirmados na sua região, siga as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos.
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