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Kaká da Flor promove empoderamento da mulher negra através da confecção de turbantes
No Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana, a empresária relata sua luta para ocupar cada vez mais espaços.
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Mirelle LimaCelebrado neste sábado (25), o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana é uma importante data para refletir acerca das desigualdades presentes no cotidiano. Seja no mercado de trabalho, na educação, na mídia ou nas taxas de violência, as mulheres negras são a parcela da população brasileira que mais enfrenta opressões.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mulheres negras recebem 44% a menos do salário de um homem branco, que se encontra no topo da pirâmide. Já um estudo realizado pelo grupo Heads Propaganda, mostra que apenas 17% das publicidades protagonizadas por mulheres possui negras como protagonistas.
Em entrevista ao Destaque1, a empresária camaçariense Kaká da Flor, 40 anos, relata sua luta para vencer a discriminação e ocupar cada vez mais espaços. Ela também destaca que o dia 25 de julho é de extrema relevância para debater as diferentes opressões enfrentadas e trilhar o caminho da igualdade.
Com objetivo de promover o empoderamento através dos acessórios do segmento afro, Kaká incentiva a autoestima das mulheres com a confecção de turbantes e outros acessórios há cerca de cinco anos em Camaçari. “Idealizei e construí um espaço de referência afro estrutural onde mulheres se identificasse com a beleza de usar turbantes, um pequeno espaço conhecido como ‘Ateliê de turbante Kaká da Flor’, especializado no segmento afro e em diversos modelos de amarração, com propósito ancestral de riqueza histórica, que traz na bagagem além da ancestralidade cultural, uma forma de luta e de aceitação, e resistência de um povo”, conta.
Kaká enfatiza o significado que o turbante leva para as pessoas.
“Sou empreendedora negra que luta diariamente contra o preconceito e escolhi empreender como forma de levantar uma bandeira do uso de turbante agregando para toda uma história de resgate”, destaca.
Para ela, o trabalho que exerce é o sinal de resistência de um povo. “Com passar dos anos o ateliê foi sendo aceito e reconhecido, os turbantes, os acessórios foram adotados por muitas mulheres na cidade e entendo que o uso do turbante é sinal de resistência de um povo que luta diariamente contra o preconceito”, explica.
O ‘Ateliê de turbante Kaká da Flor’ fica no Bairro do Natal. Devido à pandemia do coronavírus, as compras então sendo feitas apenas online, podendo ser entregues via delivery ou retiradas no local. Para mais informações acesse aqui.
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