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Julho Amarelo: especialista alerta sobre diagnóstico precoce para tratamento das hepatites virais
Segundo o Ministério da Saúde, mais de 1,2 milhão de pessoas no Brasil vivem com hepatite B ou C.
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RedaçãoAs hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil. É uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. Muitas vezes são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 1,2 milhão de pessoas no Brasil vivem com hepatite B ou C sem terem sido diagnosticadas. Ainda de acordo com o órgão, cerca de um em cada quatro brasileiros não sabe que tem hepatite B.
No mês de conscientização e combate das hepatites virais, a infectologista e professora Vanessa Teixeira, do curso de Medicina do Centro Universitário UniFG, ressalta a importância do diagnóstico precoce para o tratamento das hepatites B e C, que, diferentemente da hepatite A, podem evoluir para uma doença crônica.
“As hepatites pelo vírus A (hepatite A) costumam ter um quadro benigno na maioria das vezes, com uma incidência maior nas crianças, sendo transmitida por contaminação de fontes de água ou alimentos. Já as hepatites B e C podem evoluir para uma hepatite crônica, com uma inflamação leve do fígado, quase sem sintomas. Caso não sejam diagnosticadas, podem, com o tempo, gerar uma cirrose ou câncer de fígado”, explica a infectologista.
Com transmissão predominantemente sexual ou por objetos perfuro-cortantes contaminados (agulhas, alicates de unha, etc), as hepatites B e C podem ser detectadas em apenas 30 minutos por meio de testagens disponíveis gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). “É muito importante realizar exames de rotina para hepatite B e C, mesmo sem sintomas, a fim de detectar precocemente uma hepatite silenciosa”, orienta a Dra. Vanessa.
Além dos testes rápidos, manter a vacinação em dia é outra ação muito importante para prevenção das hepatites. As vacinas contra hepatite A e hepatite B são disponibilizadas pelo SUS para todas as crianças e adultos. Para hepatite A, são aplicadas duas doses a partir de um ano de idade, e para a hepatite B são três ou quatro doses a partir do nascimento. A hepatite C ainda não conta com vacina disponível.
A professora destaca, por fim, que os tratamentos das hepatites B e C são realizados com medicações antivirais, disponíveis no SUS e com boa eficácia. “O maior mito envolvendo hepatites virais é que a hepatite crônica não tem cura. Hoje já temos esquemas terapêuticos de excelente eficácia, principalmente para a hepatite C, com taxas de sucesso próximas a 100% em quatro meses de tratamento”, finaliza.
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