Cultura e Entretenimento
Espetáculo ‘Viramundo’ chega ao Teatro Cidade do Saber este mês
A obra homenageia Gilberto Gil.
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RedaçãoEstreado em 2022 para celebrar os 80 anos de vida de Gilberto Gil, “Viramundo”, do Balé Teatro Castro Alves (BTCA), tem realizado aplaudidas temporadas, com ingressos esgotados e uma especial atenção do público. Além de Salvador, o espetáculo já passou por Feira de Santana e Alagoinhas, e agora inicia circulação por mais quatro cidades baianas: Camaçari, Porto Seguro, Itabuna e Juazeiro.
Em Camaçari, o espetáculo acontece no dia 22 de julho, no Teatro Cidade do Saber. A apresentação será gratuita, iniciada às 19h e seguidas de um bate-papo sobre o processo criativo da obra. Este projeto se realiza numa parceria entre o Teatro Castro Alves (TCA) e Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) com a Fundação Nacional de Artes (Funarte).
“Viramundo” tem direção e criação coreográfica de Duda Maia e música original do maestro Ubiratan Marques. Todo o elenco do BTCA está em cena, ressoando as danças que Gilberto Gil, em sua figura e em sua produção, desperta em seus corpos. Um roteiro musical dançado – ou um roteiro de dança musicada – nasce do acordo criativo entre Duda e Ubiratan. Na conexão entre ancestralidade e futuro, raízes e profecias, sertão e litoral, ecologias e tecnologias, despontam a diversidade, a atemporalidade, a generosidade. Com e na diferença, evidenciando os potenciais de artistas da dança de gerações, formações e experiências variadas, um olhar democrático de criação evoca a autenticidade e a espontaneidade do movimento. Acolhimento que se reflete em pertencimento, beleza, abraços, muitos abraços. Gilberto Gil é vida e festejo num palco onde todos e todas se divertem. Dança que quer ser Gil. Música que não existe sem Gil.
“Perseguimos uma obra essencialmente brasileira, e a textura, a qualidade de movimento, quer trazer o espectador para dentro da cena. Diminuímos a distância entre quem vê e quem está no palco”, descreve a diretora Duda Maia. Para a criação da trilha sonora original, nascida dos embriões que Gil inventa e ecoa, Ubiratan Marques se baseou em três movimentos de percepção da obra do homenageado: o primeiro movimento, Sertão; o segundo, Tropicália; e o terceiro, Expresso 2222. São sonoridades que representam sua leitura e remetem às características próprias de Gilberto Gil, misturadas a trechos de suas canções em novos arranjos. A Orquestra Afrosinfônica executa a música, gravada para a circulação fora de Salvador.
No elenco de intérpretes-criadores, estão Adriana Bamberg, Agnaldo Fonsêca, Ângela Bandeira, Cristian Rebouças, Dayana Brito, Dina Tourinho, Douglas Amaral, Evandro Macedo, Fátima Berenguer, Fernanda Santana, Gilmar Sampaio, Jai Bispo, Joely Pereira, Konstanze Mello, Lílian Pereira, Luís Molina, Luíza Meireles, Maria Ângela Tochilovsky, Mirela França, Mônica Nascimento, Paullo Fonseca, Renivaldo Nascimento (Flexa II), Rosa Barreto, Ruan Wills e Solange Lucatelli. Completando a ficha técnica deste projeto idealizado por Ana Paula Bouzas, ex-diretora artística do BTCA, Renata Mota assina a cenografia, Adriana Ortiz está na iluminação, Hisan Silva e Pedro Batalha, dupla dirigente da marca Dendezeiro, criaram o figurino e o Centro Técnico do TCA assumiu as soluções de cenotecnia. Anna Paula Drehmer e Ticiana Garrido, membros do BTCA, são assistentes de coreografia e Marcelo Jardim é preparador vocal convidado.
BTCA
Companhia pública de dança contemporânea fundada em 1981, o Balé Teatro Castro Alves (BTCA) tem direção artística de Daniela Guimarães e é um corpo artístico estável do Teatro Castro Alves (TCA), vinculado à Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e à Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Bahia (SecultBA). Conta no seu repertório com mais de 100 montagens de importantes coreógrafos. Em sua história recente, destacam-se “Lub Dub” (2017), “Urbis in Motus” (2017), “Tamanho Único” (2018), “CHAMA: Coreografia para artistas incendiárixs” (2018), “A História do Soldado” (2019), em parceria com a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), “Viramundo” (2022), junto à Orquestra Afrosinfônica, e “Plantando Jardins” (2023).
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