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Escola Creche Comunitária Emanuel passa por dificuldades e pede ajuda para manter funcionamento
O espaço atende 77 crianças de dois a quatro anos.
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Sonilton SantosSão 25 anos de história e centenas de crianças atendidas. Agora, a Escola Creche Comunitária Emanuel, localizada na Rua dos Bombeiros, no bairro Ponto Certo, em Camaçari, pede a ajuda da população para manter as portas abertas.
O imóvel está com problemas no forro e na cobertura da laje, que apresenta vazamento, além do toldo, que impede as crianças de saírem para brincar quando chove. A creche também precisa da ajuda de parceiros que possam fazer serviços de manutenção.
“Quem tiver interesse em ajudar pode comparecer na creche para a ver a necessidade do local. Qualquer ajuda é bem-vinda”, ressalta a diretora executiva da unidade, professora Edicleia Pereira Dias.
Há dois anos Edicleia e a irmã Cinara Pereira de Santana estão cuidando das questões administrativas da Escola Creche Comunitária Emanuel. A unidade foi fundada e era administrada por Eunice Pereira dos Santos, a Dona Nicinha, mãe das duas educadoras, que faleceu em 2020.
Atualmente, a escola creche atende 77 crianças de dois a quatro anos, das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. O Destaque1 esteve na creche e conversou com a diretora, que também é moradora da localidade.
Apesar do convênio com a Prefeitura de Camaçari, Edicleia afirma que o recurso não é suficiente para suprir todas a necessidades.
“A creche é conveniada com a prefeitura. Esse convênio, ele é suficiente para pagamentos de funcionários, que são as meninas, com seus direitos trabalhistas garantidos, e manutenção das despesas de custeio, que são os impostos, luz, água, internet e alimentação escolar para os alunos. É o que dá pra fazer com o recurso que a prefeitura disponibiliza com seu credenciamento”, detalha.
Apesar dos obstáculos e dificuldades enfrentados por Edicleia na creche, estes não servem de motivo para fazê-la desanimar ou desistir de cuidar das crianças. Além disso, de uma forma ou de outra, o espaço também serve como um meio de conectá-la com sua mãe.
“Nunca pensei em fechar as portas, porque é uma forma de eu sentir a presença dela. Toda vez que eu entro aqui, eu vejo dona ‘Nice/Nicinha’ aqui dentro trabalhando. É difícil, viu? Não é fácil chegar aqui e ver as coisas caindo, o teto furado, a água pingando, e o trabalho continua, mas eu nunca pensei em fechar as portas e desistir”, diz.
Quem quiser e puder ajudar a Escola Creche Comunitária Emanuel pode doar qualquer valor em dinheiro por meio da chave pix (CNPJ): 01.429.820/0001-66 ou entrar em contato diretamente, no telefone (71) 98850-8470 ou (71) 99945-8390 (WhatsApp). Além da ajuda financeira, a unidade pede o auxílio de voluntários, doação de materiais e apoio para execução dos serviços de manutenção.
Legado
Fundada em 1996 por um grupo de mulheres, a Escola Creche Comunitária Emanuel funcionou apenas por seis meses e foi fechada. Sete anos depois, em 2003, esse mesmo grupo procurou Dona Nice e passou para ela a documentação da creche, contendo o livro de ata e o número do CNPJ. A partir desse momento, Eunice Pereira dos Santos começou a se mobilizar para manter a instituição, buscando parcerias com empresas para pagar o aluguel do espaço, já que ainda não tinha sede própria.
“A minha mãe tinha o sentido da palavra ‘comunitário’ no seu sentido real, no seu sentido vivo, porque ela sempre dizia: ‘isso aqui não é meu, isso aqui não é de político, isso aqui não é de empresas, isso aqui é do povo. E do povo para o povo, precisa ser mantida para o povo’. Ela trouxe muitos ensinamentos em relação a essa questão da comunidade, do comunitário e como manter o trabalho social vivo”, lembra Edicleia.
Hoje, graças à luta e determinação de Dona Eunice, a creche tem sua própria sede e já se aproxima de três décadas de atuação. Mesmo após seu falecimento, há dois anos, o seu legado continua vivo e ativo graças ao esforço da filha e dos colaboradores.
“O objetivo da fundadora da creche era ter esse local público, gratuito, seguro reconhecido, regulamentado e firmado para que as pessoas pudessem deixar seus filhos. E dessa forma foi que ela atuou durante o período que estava em viva. E dessa forma nós tivemos o cuidado de manter até hoje após a morte dela, porque ela se foi fisicamente, mas a obra dela está presente, está viva e precisando de apoio”, explica.
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