Economia
Educação, habitação e transporte puxam inflação de fevereiro para cima na RMS
Região manteve aceleração do IPCA-15 e fechou o mês como o maior índice do país.
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RedaçãoEm fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 1,19% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A prévia da inflação para o mês foi divulgada nesta sexta-feira (24).
Teve uma segunda aceleração consecutiva, aumentando mais do que no mês anterior – havia sido de 0,6% em janeiro e 0,36% em dezembro de 2022 –, e foi o mais alto para um fevereiro, na RMS, em sete anos, desde 2016, quando havia ficado em 2,26%.
Também foi o maior IPCA-15 do país, superior ao nacional (0,76%) e o mais elevado entre os 11 locais investigados separadamente.
O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 13 de janeiro e 10 de fevereiro de 2023.
Com a alta expressiva no mês, o IPCA-15 da Região Metropolitana Salvador também é o mais alto do país, tanto no acumulado no ano de 2023 (1,8%) quanto nos 12 meses encerrados em fevereiro (6,61%). Para o Brasil como um todo, esses índices são, respectivamente, de 1,31% e 5,63%.
Vilões
O IPCA-15 de fevereiro na Região Metropolitana de Salvador foi resultado de aumentos nos preços médios de sete dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice.
As despesas do grupo educação tiveram o maior aumento médio (6,26%) e exerceram a principal pressão inflacionária na prévia do mês.
É em fevereiro que o IBGE capta a maior parte dos aumentos nas mensalidades escolares. Por isso os gastos com educação tradicionalmente têm impacto importante nos índices de inflação do mês (IPCA-15 e IPCA). A tendência se manteve em 2022, mas o aumento foi o maior em seis anos, desde 2017, quando a alta do grupo havia sido de 7,5% na RMS.
Os cursos regulares (escolas) aumentaram 7,84% na RMS, segundo o IPCA-15, puxados, mais uma vez, pelo ensino fundamental (11,25%), mas com influências significativas da pré-escola (10,98%) e do ensino médio (9,78%). O ensino superior aumentou menos (2,32%).
Os grupos habitação (2,13%, maior aumento do país) e transportes (1,6%, segundo maior aumento do país) também tiveram altas expressivas na prévia da inflação de fevereiro na RMS. Foram puxados, respectivamente, pelas variações da energia elétrica (5,99%) e da gasolina (5,16%), itens que exerceram as maiores pressões individuais no índice do mês.
Por outro lado, vestuário (-0,4%, primeira queda em 18 meses, desde julho de 2021) e artigos de residência (-0,46%) tiveram deflações e evitaram um aumento ainda maior do IPCA-15 de fevereiro na região, puxados, respectivamente, pelas roupas (-0,56%) e os móveis e utensílios (-0,91%).
Mesmo entre os grupos em alta, houve itens importante nas despesas das famílias que também mostraram queda média de preços. Caso das passagens aéreas (-12%), do gás de botijão (-3,16%) e da cebola (-15,84%).
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