Eleições
“A estratégia é crescer Lula e Jerônimo, e não perder tempo de fazer debate com perdedor”, dispara Caetano
Luiz Caetano é coordenador-geral da campanha de Jerônimo Rodrigues (PT).
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Camila São JoséCom a pressão do candidato a governador ACM Neto (União) para que o também postulante ao Palácio de Ondina Jerônimo Rodrigues (PT) participe dos debates no segundo turno, o coordenador-geral da campanha do petista, Luiz Caetano, afirmou que a estratégia do grupo agora é ampliar a vantagem do candidato e assegurar a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Agora para o segundo turno, na minha opinião, nós estamos mais fortalecidos, ele [ACM Neto] vai desmascarado, e quem realmente tem a sua estratégia vai trabalhar sua estratégia. Na nossa estratégia não está debate no segundo turno, porque na nossa estratégia está fazer entrevistas, discutir com a sociedade, ampliar essa força, trabalhar Lula para poder crescer mais Lula aqui na Bahia, em função de toda a articulação da elite brasileira, que está contra Lula, da articulação que muitas igrejas evangélicas entraram nela contra Lula. Então, nós estamos com a proposta agora de fazer isso, não perder tempo de fazer debate com o perdedor, que no primeiro turno recebeu o resultado que recebeu na cara”, disparou.
Embora venha fazendo as provocações, ACM Neto só participou de um debate proposto no primeiro turno, o realizado pela TV Bahia.
“Nós fomos muito vitoriosos no primeiro turno, vamos preocupar em ampliar isso. Para que vai parar para fazer o debate? Minha opinião é que a gente deve continuar com a nossa estratégia de buscar crescer cada vez mais Lula e Jerônimo, e esquecer que o segundo colocado existe. Mas é uma opinião individual minha”, complementou Caetano.
Novos aliados
Ao falar dos debates, Caetano comentou que o quadro de aliados sofreu alterações no segundo turno, com a mudança de lados de lideranças políticas e partidos, a exemplo do Patriota, Solidariedade e PSC, além do Psol.
Nomes filiados ao Progressistas (PP) que migraram para a base de ACM Neto e do União Brasil também oficializaram a aliança com Jerônimo no segundo turno, como o prefeito de Itanagra, Marcus Sarmento (PP); o vice-prefeito de Eunápolis, Wanderson Barros (União), e o deputado estadual David Rios (União).
Segundo Caetano, a troca de alianças reforça a “ilusão” que foi vendida por ACM Neto. Para o coordenador-geral, a campanha do ex-prefeito de Salvador funcionou como um esquema de “pirâmide” no primeiro turno.
“Eu estava dizendo ontem lá em uma entrevista que eu dava em Vitória da Conquista, ontem à noite, eu dizia que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, fez igual aqueles caras que vende pirâmide. Juntou um bocado de gente ali para vender a pirâmide, todo mundo vai ficar rico dentro de um mês, quando chegou no final do mês ele pega o dinheiro, leva sozinho e fica todo mundo a ver avião, ele vendeu foi ilusão. Foi o que ele fez, juntou o grupo dele todo e disse: ‘não, vai ganhar no primeiro turno, vamos ganhar’”, alfinetou.
Caetano ainda criticou o resultado e condução das pesquisas eleitorais, cuja maioria indicava vitória de Neto no primeiro turno. “Eu penso que cada um tem a sua estratégia, nosso adversário político teve uma estratégia no primeiro turno e nós tivemos outra estratégia. Nós acertamos na nossa estratégia, eu acho que ele errou na estratégia dele, que foi basicamente aquela estratégia da pesquisa. É uma coisa antiga, aqui em Camaçari se repete há anos e anos também, como faz isso na Bahia inteira e quando chegou”, pontuou.
“Primeiro, teve uma pesquisa na véspera da eleição dando nove pontos na frente, que eu acho que é um crime eleitoral. Isso precisa ser corrigido no Brasil. Qual foi o resultado da eleição? Jerônimo por 40 mil votos não ganha a eleição no primeiro turno”, disse.
Conforme Caetano, pesquisas internas feitas pelo Partido dos Trabalhadores chegaram a indicar uma vitória de Jerônimo no primeiro turno com 53% das intenções de voto.
“A gente achou que dava 53%, porque tivemos pesquisas internas que davam 53%. A gente já sabia que tinha virado a chave antes da eleição, uns 15, 20, 30 dias antes da eleição a gente já tinha virado a chave. A gente tinha certeza que Jerônimo ia chegar em primeiro lugar, e ele [ACM Neto] ficou ali vivendo naquela ilusão. De repente, teve o resultado que teve e desmoronou o grupo dele totalmente. Ficou desmoronado”, comentou.
O coordenador da campanha ainda afirmou que ACM Neto chega ao segundo turno “desmoralizado”. “Vai abatido para o segundo turno, ele vai abatido, vai nas cordas, desmoralizado. Muita gente tirou o adesivo dele do carro, aqui em Camaçari, por exemplo, Salvador, a região toda, e muita adesão. Nós ganhamos a eleição em 352 municípios. Ele disse que tinha 200 municípios, 200 prefeitos do lado dele, nós ganhamos em 352 e eles ganharam em 65”, cravou.
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