A árvore que chora e os 21 vereadores, por Iana Cedraz

Costumo dizer que se no mês seguinte às eleições você perguntar para metade das pessoas em quem elas votaram, não vão se recordar, e que só a minoria da população tem o hábito de acompanhar os mandatos eletivos.

Essa é uma característica muito negativa da cultura brasileira, porque a população, de modo geral, costuma repetir que não gosta de política ou que todos os políticos não prestam. A repetição dessas frases é tão danosa que afasta o povo de ocupar o espaço que lhe pertence. A meu ver, no âmbito municipal, esse espaço é a Câmara de Vereadores.

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Atualmente Camaçari conta com 21 vereadores, 16 da base do governo e cinco da oposição, duas mulheres e 19 homens. Quão representativa essa Câmara é? Temos hoje uma estimativa do IBGE de que a população municipal esteja por volta dos 309.208 habitantes. Um município extremamente complexo, plural e de vasto território, com uma orla de 42 km, com população rural, urbana, o maior complexo petroquímico da América Latina.

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E como os vereadores atuais entendem esse município e contribuem para o dia a dia de seus cidadãos? Acredito que Camaçari tem um debate político constante, ora raso e personalista. Mas a população vê os prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e ex-vereadores como pessoas próximas, abrem suas casas para suas visitas, porque existe uma satisfação nessa proximidade. No entanto, percebo que a sociedade ainda tem uma dificuldade de compreender o papel do Legislativo no que diz respeito às obrigações.

Analisarei o mandato dos 21 edis e sua interação com a população, levando em conta o contexto e a forma como estes entraram na vida pública e o trabalho de cada um nesses 10 meses de primeiro ano de mandato.

Iana Cedraz é geógrafa e apaixonada por Camaçari, observa o espaço e critica com o tom de exigência necessário.

*Este espaço é plural e tem o objetivo de garantir a difusão de ideias e pensamentos. Os artigos publicados neste ambiente buscam fomentar a liberdade de expressão e livre manifestação do autor(a), no entanto, não necessariamente representam a opinião do Destaque1.