Meio Ambiente
Bahia: monitoramento da flora identifica 266 novas espécies em áreas da Bracell
Na lista aparecem o pau-pombo, a amescla e o ingá-uçu.
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RedaçãoConforme a Bracell, uma das líderes globais na produção de celulose solúvel, em um levantamento recente da flora, realizado nas propriedades da empresa na Bahia, foram identificadas 266 espécies arbóreas e arbustivas que ainda não haviam sido avistadas em áreas da companhia. Na lista aparecem o pau-pombo (Tapirira guianensis), a amescla (Protium heptaphyllum) e o ingá-uçu (Tachigali densiflora).
A coleta dos dados foi realizada pelos especialistas que conduzem o Programa de Monitoramento da Biodiversidade para a Conservação da Fauna e Flora. A empresa produz esse estudo a cada dois anos, desde 2016. Nos dados preliminares ainda constam “boa conservação da flora e amplo potencial de diversidade”.
Atualmente, o programa permitiu catalogar 664 espécies silvestres. Destas, 113 endêmicas dos biomas Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado e 25 inseridas em listas de ameaçadas de extinção mundial, nacional e estadual, a exemplo da sucupira-preta (Bowdichia virgilioides), espécie com ampla distribuição considerada “quase ameaçada” por apresentar um forte uso para ornamentação e para produção de móveis.
Outros exemplos são a jussara (Euterpe edulis), palmeira muito utilizada para extração do palmito, e o cacto cabeça-de-frade-violeta (Melocactus violaceus), com uma distribuição restrita e muito utilizado para ornamentação. A pesquisa abrangeu oito áreas da empresa no Litoral Norte e Agreste Baiano, quatro delas consideradas de alto valor de conservação (AAVC), como a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Lontra, localizada nos municípios de Entre Rios e Itanagra.
“A conservação das espécies da flora está diretamente relacionada com a disponibilidade de alimento para vertebrados e insetos, locais para refúgio e reprodução. A conservação da flora atinge diretamente os serviços prestados pela natureza para a sociedade, como a polinização, proteção contra pragas e doenças, disponibilidade hídrica e até mesmo áreas para lazer e cultos religiosos”, explica o analista de Meio Ambiente da empresa, Davidson Santos.
Já o biólogo e especialista em Meio Ambiente da Bracell, Igor Macedo, destaca que, além de permitir aprofundar o conhecimento sobre a biodiversidade dessa região, o monitoramento acompanha o desenvolvimento da vegetação nativa, observando potenciais reflexos no desenvolvimento e sobrevivência dos indivíduos a partir do manejo florestal da área de influência.
“Cada vez mais somos surpreendidos com a qualidade e as espécies dos fragmentos florestais protegidos pela Bracell. Muito provavelmente, em algum momento, obteremos dados inéditos que vão ser visualizados, principalmente pela falta de estudos botânicos de longo prazo na região”, avalia Macedo.
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