Saúde
Verão: saiba como a mudança climática aumenta casos alérgicos
Alergologista alerta para cuidados que podem evitar alergias durante a estação.
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RedaçãoO verão é uma das épocas mais aguardadas do ano. Os dias mais quentes levam a mais banhos de mar gelado, mas, além disso, a uma variedade de alergias mais incidentes durante essa estação.
A Organização Mundial de Alergia define a alergia como uma reação exagerada do sistema imunológico a uma determinada substância. Essa condição pode estar associada a alguns tipos de alimentos, picadas de insetos, medicamentos ou desencadeantes ambientais, como ácaros, fungos e poluentes.
Devido às oscilações climáticas e ao tempo seco e com baixa umidade, o fator “ambiente” é mais comumente associado a alergias no inverno. No entanto, no verão as pessoas também ficam bastante vulneráveis a outros tipos de alergias, ocasionadas pelo mesmo fator, mas que têm a pele como órgão principal: dermatite atópica e urticária.
Dermatite atópica e urticária: o que são?
Embora tenham a coceira como sintoma comum e de grande relevância, a urticária e a dermatite são doenças completamente distintas. A urticária, na sua forma aguda, pode ser desencadeada por fatores externos, como alimentos, medicamentos, picadas de insetos que possuem venenos (abelhas, vespas, formigas, marimbondos) ou contato com plantas e outras substâncias irritativas. Já a dermatite atópica é um defeito da barreira de proteção da pele que está associado a fatores hereditários e pode estar diretamente ligado à asma e à rinite.
Na dermatite, a lesão na pele se apresenta como uma irritação cutânea inflamatória avermelhada, áspera, com ressecamento, fissuras e coceira intensa que não melhora com os antialérgicos comuns. Na urticária, as lesões se assemelham a empolações elevadas, que aparecem subitamente em qualquer parte do corpo, coçam muito, em alguns momentos são dolorosas e com calor local, e quando desaparecem não deixam nenhuma mancha. Tanto a urticária quanto a dermatite não são contagiosas, mas podem ser exacerbadas em algumas condições ambientais, como o calor ou exposição solar, tecidos que provocam coceira ou fortes emoções, como o estresse.
Saiba como se cuidar
De acordo com o alergologista e imunologista da Clínica Ibis Carlison Oliveira, no verão essa piora pode ocorrer devido à alta exposição da pele ao sol, ao calor e à maior frequência de banhos. O médico ressalta também que neste período pós-pandemia houve um expressivo aumento de casos alérgicos. “O aumento da quantidade de sabonetes durante o verão faz com que a pele fique mais exposta, provocando o aparecimento e a piora das dermatites que são sempre acompanhadas com coceira de grande intensidade, vermelhidão e, em muitos casos, lesões infecciosas. Além disso, o vírus da Covid-19 pode levar ao agravamento das rinites alérgicas, causar sinusites graves, e em alguns casos, desencadear urticárias.”
Para contornar os efeitos colaterais do verão, evitar sofrer com as alergias e viver a estação da melhor forma, é preciso tomar alguns cuidados simples. Para isso, o alergologista deixa um alerta. “É muito importante cuidar do local em que moramos para evitar proliferação de insetos ou áreas com mofo. Beber água para evitar a desidratação, que pode levar a aumento de doenças e queda da nossa imunidade. Usar sabões menos abrasivos, dando preferência aos glicerinados ou sabonetes líquidos com hidratantes, além de manter uma rotina rigorosa de uso de cremes hidratantes para as peles que ficam muito expostas ao sol, calor e às quedas bruscas da umidade nesta estação do ano. É fundamental também não esquecer o uso dos protetores solares, que são cruciais para evitar danos à pele”.
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