Economia
Ineep e Governo do Estado estudam mercado do hidrogênio verde na Bahia
Conforme José Sérgio Gabrielli, o Brasil passa por uma reformulação de suas políticas de transição energética.
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RedaçãoNesta segunda-feira (10), a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE), em consonância com o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), assinam um acordo de cooperação técnica. O intuito, conforme a pasta, é promover esforços conjuntos para subsidiar o estado na estruturação do mercado local de hidrogênio verde.
O compromisso será firmado durante o “Workshop Bahia, Estado Sede do Refino Verde para o Mundo”, organizado de forma conjunta pela SDE, Ineep, Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb).
“Esse workshop é um importante marco para promoção da transição energética e industrialização do Estado da Bahia, e, por consequência, para o Brasil. Para o Ineep é a consolidação de um trabalho de pesquisa e esforço institucional de articulação e promoção da transição justa”, afirma o diretor técnico do Ineep, Mahatma Ramos dos Santos.
Já para o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, o Brasil não deve produzir o hidrogênio verde como mais uma das commodities que o país exporta. “Precisamos ter uma indústria nacional gerando emprego e renda no país de modo que os combustíveis verdes possam ser gerados aqui, a exemplo do querosene verde para abastecer as aeronaves, o metanol que será exigido para os navios, substituindo o óleo diesel, ou a amônia verde que será utilizada na agroindústria brasileira e agricultura familiar”, avalia.
Hidrogênio verde no Nordeste
De acordo com o pesquisador do Ineep, José Sérgio Gabrielli, que tem se dedicado aos estudos para o desenvolvimento e consumo do hidrogênio verde, atualmente o território brasileiro passa por uma reformulação de suas políticas de transição energética no que diz respeito aos combustíveis, hidrogênio verde, indústria automobilística e transportes.
Ele salienta que pelo menos seis iniciativas legislativas e regulatórias estão em andamento. Integram a lista a Política Nacional para o Hidrogênio (PNH2), os programas Combustíveis do Futuro (Mover) e para aviação sustentável, além da regulamentação da comercialização de créditos de carbono, atualização do RenovaBio e a Nova Política Industrial. Pela importância no mercado, o Plano Estratégico da Petrobras para 2024-2028 também é considerado.
“Todas essas iniciativas procuram definir um arcabouço legal que viabilize a expansão de empreendimentos que levem à redução das emissões de gases de efeito estufa, visando atingir as metas acordadas no Acordo de Paris. Estão principalmente voltadas para estimular a oferta de novos veículos, de combustíveis com menos emissões, a expansão dos biocombustíveis, da bioeconomia e do biorrefino”, explica.
O pesquisador atribui essa ênfase ao papel do etanol e biodiesel, bem como o tamanho da frota de veículos flex-fuel no país.
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