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Em momento histórico, Camaçari recebe fogo simbólico do 2 de Julho
A ação reconhece a participação do município na Independência da Bahia.
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Mirelle LimaCamaçari recebeu, de forma inédita, a passagem do fogo simbólico da Independência do Brasil na Bahia. Com a participação de 33 atletas que intercalaram o percurso, a cidade recebeu a tocha de Dias d’Ávila na Via Frontal, no Polo Industrial, e a seguiu em direção a Lauro de Freitas, na Estrada do Coco (BA-099).
O prefeito Elinaldo Araújo (União) carregou a tocha com o fogo simbólico do Museu de Camassary até a Câmara Municipal.
“A gente fica muito feliz. É o bicentenário da Bahia, e receber aqui o fogo simbólico vai ficar marcado na minha história. A Bahia é um estado enorme desse Brasil, e eu fico muito feliz de participar da primeira vez desse momento inédito na minha cidade e participar conduzindo a tocha em determinado momento”, relatou.
O gestor pontuou a relevância de Camaçari para a história da Bahia. “Nós temos história em Camaçari, do nascimento da Bahia aqui em Camaçari, em Vila de Abrantes, em algum momento isso foi vivido pela Bahia, e eu fico feliz pela importância. Vai percorrer em vários municípios da Bahia, mas em Camaçari tem essa simbologia, essa importância ali, por causa dessa história de Vila de Abrantes”, destacou.
A inclusão de Mata de São João, Dias d’Ávila, Camaçari e Lauro de Freitas nas celebrações do 2 de Julho foi autorizada pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), após solicitação feita pelo Consórcio Intermunicipal Recôncavo Norte e pelo historiador e pesquisador Diego Copque, que apontam as contribuições importantes desses municípios no processo de consolidação da Independência do Brasil na Bahia.
“Essa história foi contada, ou melhor, resgatada a partir de um trabalho de pesquisa, um trabalho historiográfico feito por mim, mas os protagonistas dessa história somos todos nós, somos nós os descendentes dos negros escravizados, dos negros alforriados, dos indígenas, dos caboclos, da massa, que fez, que consolidou a Independência do Brasil na Bahia, porque se hoje o nosso país é livre, a nossa liberdade foi conquistada aqui no nosso solo, no nosso território. Então viva a 2 de Julho, viva a consolidação da Independência do Brasil na Bahia, viva os caboclos e viva Camaçari pelo protagonismo nesse processo”, explicou Diego.
De acordo com o historiador, na manhã de 19 de fevereiro de 1822, os militares portugueses invadiram o Forte de São Pedro (atual região do Campo Grande) e outros dois quartéis localizados em Salvador, que alojavam tropas de brasileiros. Os brasileiros foram derrotados e fugiram para se reagrupar no Recôncavo Norte, na Casa da Torre Garcia d’Ávila, território pertencente a Mata de São João.
No Recôncavo Norte, a tropa patriota foi recepcionada pelo senhor da Torre, Antônio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, e lá recebeu reforços de milicianos, indígenas e caboclos remanescentes da Vila de Abrantes, Arembepe, Barra do Jacuípe e Monte Gordo, para depois voltar e lutar em Salvador. Os irmãos Pires de Carvalho e Albuquerque foram responsáveis, juntamente com o mercenário francês Pedro Labatut, por formar e dar um caráter militar ao exército brasileiro, que libertou a província da Bahia e o Brasil das forças portuguesas.
A secretária da Cultura, Márcia Tude, ressaltou a importância do momento para a história de Camaçari. “Nosso historiador do município lutou pelo reconhecimento, e nós somos fruto dessa resistência, e eu tenho muito orgulho de ser secretária deste município. Temos orgulho de Camaçari estar celebrando essa data, junto com o Recôncavo Norte. É um reconhecimento muito significativo para todos nós”, celebrou.
A ocasião também contou com uma programação cultural, com apresentação da Filarmônica 28 de Setembro, que executou os hinos do Brasil, do 2 de Julho e de Camaçari durante a cerimônia no Museu de Camassary; do grupo percussivo Beira de Rua, que se apresentou durante a passagem da tocha em frente à Universidade do Estado da Bahia (Uneb); e da Bamuca, Samba Chula Filhos de Oyò e da Mestra Risadinha, na Praça Desembargador Montenegro.
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