Política
Wagner admite que errou ao não falar com Leão antes, mas afirma que não expulsou PP
“Se tiver um pecado da minha parte, foi que eu não telefonei para João Leão para dizer: ‘ó, deu errado’”, falou.

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Por
Camila São José
O senador Jaques Wagner (PT) comentou nesta segunda-feira (18) o racha com o Progressistas (PP) do vice-governador João Leão. Em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metrópole, o petista afirmou que não expulsou o partido da base e que pode ter errado ao não falar com Leão antes sobre as mudanças de plano.
O Partido dos Trabalhadores ficou por um tempo sem anunciar quem seria o sucessor do governador Rui Costa (PT). O plano inicial era ter Rui disputando uma cadeira no Senado, Leão assumindo o governo estadual por nove meses e o senador Otto Alencar (PSD) na corrida ao Palácio de Ondina. O acordo não deu certo. O ex-secretário de Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues (PT), foi o escolhido, Rui e Otto mudaram de ideia, e João Leão rompeu com o grupo político indo para o lado de ACM Neto (União).
“Tinha outra combinação. Qual era a combinação: o Rui vinha para senador, ele assumiu por nove meses e Otto seria o nosso candidato a governador. Essa era a combinação, porque Rui disse que queria ser candidato a senador. Eu fui conversar com Otto, e Otto disse que não estava preparado, que tinha tido a Covid e uma série de razões pessoais dele, e políticas também. Ele se sentia mais seguro com Rui na cadeira e ele candidato a governador, e Leão candidato a senador. Aí ele disse que queria ser candidato a senador, aí foi feita essa mudança. Otto não ficou confortável”, explicou Wagner.
“Fomos falar com Lula, nunca me esqueço disso, eu, Rui e Otto. Em tese para levar para ele abençoar a nossa estratégia. Eu dali tinha que ir para os Estados Unidos, que eu fui como doutor Badaró fazer uma viagem para ver um laboratório que estava desenvolvendo, junto com o nosso Cimatec aqui, uma vacina. Aí quando estou no carro indo para o aeroporto, ele me ligou, o Lula: ‘Ô galego, qual é essa?’. Eu falei, ‘o quê, presidente?’. ‘Você disse que ia trazer a noiva para cortar o bolo e a noiva não quer casar, não’. A noiva era Otto. Eu falei: ‘olha presidente, eu não posso nem reclamar, porque quando eu fui conversar com ele, ele realmente disse que não estava se sentindo seguro. Mas depois teve uma segunda conversa com o governador e passou a aceitar a ideia’”, detalhou.
Wagner ainda falou que enquanto “ancião do grupo” político, cabia a ele tomar a decisão e pagar o preço necessário ao bater o martelo sobre quem seria o pré-candidato petista. “Aí você concorda que, como ancião do grupo que sou, alguém tem que pagar o preço. Quem ia pagar o preço era eu, senão ninguém pagava o preço”.
A notícia da mudança de planos foi dada durante entrevista à Metrópole, fato que foi criticado e questionado por Leão. O senador sinalizou que, se tiver um erro nessa história, é o fato de não ter conversado antes com o vice-governador.
“Se tiver um pecado da minha parte, foi que eu não telefonei para João Leão para dizer: ‘ó, deu errado’. Porque realmente ele ficou sabendo por aqui. Eu já me desculpei, mas a minha responsabilidade era muito grande, então eu tive que pagar esse preço de fazer eventualmente uma grosseria, que não é do meu estilo. Apesar de que eu, no sábado ou no domingo mesmo, liguei para Roberto Muniz, para Cacá Leão e para Jarbas Ribeiro, e falei: ‘olhe, o gato subiu no telhado’. Eu falei, porque Otto não está querendo ficar. Infelizmente, eu devo ter falado errado, porque nenhum dos três entendeu o recado. E eu, ‘não, eu avisei a vocês, avisei a Leão’. ‘Não, mas ninguém interpretou assim’. Bom, o jogo está feito, você não faz omelete sem quebrar ovos. Então, quem tinha que quebrar os ovos era eu, porque a responsabilidade no final das contas é minha, e sinto muito, mas vamos agora tocar a vida”.
O petista reforçou também que a decisão não significou a expulsão do Progressistas da base aliada e que estava aberto a dialogar para uma indicação de vice na chapa majoritária.
“Repare que quando eu dei aquela entrevista para você, eu não disse em nenhum momento que o PP estava fora. Porque poderia discutir, por exemplo, o PP poderia ter indicado, não poderia ser Leão nem Cacá, mas poderia ter indicado uma outra pessoa para vice. Então, por favor, não é que eu expulsei ninguém do grupo, não. Ele se sentiram ofendidos e resolveram fazer a migração deles. Eu não vou reclamar, é um direito deles de ir pra lá, mas eu não botei ninguém pra fora”, disse. “Eu não fiquei inimigo de ninguém, não”, garantiu.
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