Camaçari
Vídeo: Justiça determina afastamento dos filhos, e mãe ataca sede do Conselho Tutelar com garrafas de vidro após decisão
A mulher sofre com transtornos mentais.
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Daniela OliveiraAparentando ter tido um surto psicótico, uma mulher atacou a sede do Conselho Tutelar (CT) de Camaçari na manhã desta segunda-feira (1), por volta das 11h. Ela jogou garrafas de vidro contra o prédio.
Segundo a conselheira Monique Souza, a mulher, que não teve a identidade revelada, sofre de esquizofrenia e teria iniciado o ataque após não aceitar a ordem judicial de afastamento dos três filhos, de 1, 3 e 9 anos, que estavam em situação de risco eminente. Ainda segundo Monique, a mulher já tinha ido na unidade outras vezes ameaçando os funcionários com pedras e outros objetos nas mãos.
Com o ataque, as janelas da unidade foram quebradas e o espaço ficou repleto de estilhaços. No momento da ação, o conselho estava em atendimento, mas ninguém ficou ferido. A polícia foi acionada e um boletim de ocorrência foi registrado na 18ª Delegacia Territorial de Camaçari.
Assista:
Com base nas informações da conselheira, já existia um histórico de negligência e maus-tratos da mãe com os filhos. “Nós a chamamos diversas vezes, advertimos e encaminhamos para tratamento no Caps [Centro de Atenção Psicossocial], mas a mesma não adere ao tratamento. Há aproximadamente 15 dias atrás, uma das crianças deu entrada na UPA com quadro convulsivo, após a genitora dar a criança a medicação que recebeu no Caps. Diante deste risco eminente, o conselho noticiou o fato ao Ministério Público. O MP junto com a Vara da Infância decidiu por suspender provisoriamente o poder familiar, afastando a mãe das crianças, até que a mesma se cuidasse no Caps. Como a ação foi realizada pelo Conselho Tutelar, a genitora não compreende que a decisão de afastamento foi judicial e acredita que o Conselho por conta própria que retirou as crianças dela”, explicou Monique, que acompanha o caso.
A decisão judicial foi proferida no dia 11 de junho, e no mesmo dia as crianças foram afastadas da mãe. Ao todo, a mulher teve sete filhos, sendo que quatro já estão com a família extensa, e apenas esses três, que ela teve depois, permaneciam com ela. “Devido ao histórico de negligência e maus-tratos continuarem, foi preciso afastar os três filhos dela, porque já estavam sem comer nada, sem ir pra escola, dormindo no chão. O que ela tinha jogava tudo fora. O relato das crianças é que elas estavam comendo lixo. Então são vários relatos de maus-tratos que culminou com a questão dela ter dado a medicação à criança e quase veio a óbito”, ressaltou Monique.
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