Saúde
Vacinas contra Covid-19 não induzem outras doenças, afirma presidente da Anvisa
A declaração foi dada dias depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) associar os imunizantes à Aids.
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Camila São JoséDias após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) associar as vacinas contra a Covid-19 à Aids, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, afirmou que nenhum dos imunizantes está relacionado à geração de outras doenças. A declaração foi dada nesta quarta-feira (27), na abertura da 21ª reunião pública do órgão.
“As vacinas que estão em uso no Brasil, aprovadas pela Anvisa, não induzem nenhuma doença, não aumentam a sua propensão de ter nenhuma doença. Confiem nas vacinas, busquem as vacinas, estejam atentos e atentas ao Programa Nacional de Imunização, às datas, às questões das doses de reforço quando forem preconizadas, às novas notícias e lembrem-se que é muito importante. O ato de se vacinar faz um bem a quem é vacinado e ele faz um bem ao seu próximo”, reforçou Barra Torres.
No seu discurso, o diretor-presidente da Anvisa destacou que os números referentes à pandemia têm apresentado queda ou estabilidade por conta do avanço da vacinação. Conforme dados do consórcio nacional dos veículos de imprensa, até o momento, 72,07% da população brasileira tomou a primeira dose da vacina e 52,65% receberam a segunda dose ou dose única.
O Brasil soma desde o início da pandemia 606.293 mortes e 21.748.303 casos de Covid-19. A média móvel nos últimos sete dias foi de 11.966 novos diagnósticos por dia. Em seu pior momento, a curva da média móvel chegou à marca de 77.295 novos casos diários, no dia 23 de junho deste ano.
“Qual o motivo desses índices estarem se apresentando mais favoráveis neste momento? Vacina. Vacina é a resposta. Vacina é a causa desses índices estarem em declínio. Programa Nacional de Imunizações, programa robusto, tão grande quanto o Brasil, e quando se atrela à tradição do povo brasileiro de se vacinar, de buscar de livre vontade o imunizante, compõe uma dupla que vírus nenhum há de suplantar”, defendeu.
Criticando a tese de imunidade de rebanho a partir da contaminação em massa, Barra Torres complementou que “não há que se falar que seja imunidade de rebanho ou qualquer outra coisa, isso não tem sentido. A causa e efeito estão diante dos nossos olhos. Os índices da pandemia caem porque a vacinação avança”.
A Anvisa aprovou o uso de quatro vacinas contra a Covid-19: Pfizer, CoronaVac (Butantan), Janssen e AstraZeneca (Oxford e Fiocruz).
Em live no dia 21 de outubro, Bolsonaro deu uma informação falsa ao dizer que as pessoas que completaram o ciclo de imunização contra a Covid-19 estariam mais vulneráveis a desenvolver a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids). O Facebook removeu da plataforma o vídeo, por conter fake news e ir de encontro às diretrizes da empresa. A Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) também pontuou que a associação é mentirosa.
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