Camaçari
Unificação dos colégios Cidade e Mascarenhas deve ser concluída no primeiro semestre de 2023
O quadro de professores e de turmas das duas instituições será mantido.
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Hyago CerqueiraOs colégios estaduais Cidade de Camaçari e José de Freitas Mascarenhas, em Camaçari, se tornarão uma única unidade. A proposta é da Secretaria de Educação da Bahia (SEC), diante do projeto de construção de um complexo poliesportivo, com piscina semiolímpica, quadra e ginásio.
De acordo com a SEC, a obra, que conta com investimento de R$ 6,5 milhões, deve ser entregue no primeiro semestre de 2023, e o quadro de professores e de turmas dos dois colégios será mantido.
Entre os novos equipamentos estão campo de futebol society com arquibancada; vestiário; reforma e cobertura da quadra poliesportiva; piscina semiolímpica; auditório/teatro; implantação de arena de lutas na área da quadra descoberta existente e guarita.
Como todo início de ano letivo, existem as demandas de matrículas e renovação. A diretora do Mascarenhas, Cintia Lima, explicou como funcionará o cronograma de matrículas da unidade escolar para novos alunos e aqueles remanescentes com a unificação.
Cintia Lima, diretora do Colégio José de Freitas Mascarenhas. Foto: Patrick Abreu/Destaque1
“O cronograma de matrícula vai ser publicado, e a matrícula vai acontecer normalmente, como todos os anos, para alunos novos através do link, que pode fazer a matrícula em caixa, diretamente na escola ou em qualquer escola ou posto de matrícula; isso especificamente para alunos novos. Para os alunos que já são da rede estadual, são os alunos que são daqui de Mascarenhas e do Colégio Cidade, eles estão agora concluindo a renovação de matrícula. Então eles renovam e asseguram a vaga deles na rede estadual automaticamente, ele já se mantém matriculado na escola que eles renovaram”, destacou Cintia.
As duas escolas contam com turmas de cursos técnicos. O Cidade oferta cursos técnicos de Meio Ambiente e Administração. Já o Mascarenhas, de Logística, Segurança do Trabalho e Nutrição. Com a junção das duas unidades, o Mascarenhas se torna uma das maiores escolas técnicas de Camaçari.
Para Cintia, será importante ouvir todos os docentes para fazer a integração dos projetos existentes nas duas instituições de ensino.
“A gente já pensou em uma pré-jornada pedagógica para poder ouvir todos os docentes, os daqui e os do Cidade, e tentar integrar ao máximo os projetos que já tem lá e seguir já com os nossos. Então eu acho que vai ser muito rico, porque nosso fórum sofreu uma adaptação desde a pandemia. Nós fizemos um fórum virtual que foi maravilhoso, mas a interação não tem jeito, tem que acontecer, então o fórum vem sofrendo modificações para evoluir mesmo. A gente pretende conhecer o projeto pedagógico da Escola do Cidade de Camaçari para integrar. Então lá a gente não sabe hoje se tem algum projeto específico para educação profissional, como nós temos. Não tendo, a gente vai incluir os cursos técnicos em nosso fórum, e quem sabe já sofrer outra modificação para melhorar”.
A diretora ainda contou que os alunos precisarão de mais tempo para a chegada dos novos equipamentos, além da aula de Educação Física.
“Quando soubemos que teríamos tanto equipamento, nós fizemos, inicialmente, até porque a gente não soube quando seria essa derrubada de muro, um protocolo de utilização dos espaços. Imaginando ainda o muro suspenso, o uso da escola Mascarenhas, o uso da escola Cidade e o uso da comunidade do bairro, que a gente gostaria que usufruísse também. Então a gente enviou esse protocolo e já existe. Com a derrubada, a gente acredita que esse protocolo vai ser mais livre. Não vai ser o uso especificamente nas aulas de educação física, porque o tempo é curto, então vamos fazer uma inclusão, principalmente para que esses meninos tenham mais tempo para utilizar desses recursos, e eles estão ansiosos pra isso”, explicou.
Cintia ainda ressalta que o planejamento pedagógico do ano que vem, já com as turmas novas, perpassa por gincanas, semana de arte, fórum para cursos técnicos e atividades esportivas.
Ouça:
Derrubada do muro
Em julho deste ano, os professores dos colégios Cidade e Mascarenhas se manifestaram contra a derrubada do muro que separa as instituições. Os educadores relatavam a falta de diálogo e pontuavam a necessidade de aguardar o fim do ano letivo. A reivindicação foi ouvida e as escolas seguem separadas até o final deste ano. Para a diretora Cintia, o adiamento foi uma decisão correta.
“Acho que foi muita acertada. É prudente. Nós nunca fomos contra a derrubada, até porque a justificativa é que todos consigam usufruir dos equipamentos construídos e que haja interação de escolas tão próximas, divididas apenas por um muro, já que houve a separação. Se hoje avaliaram que é melhor unificar, a gente concorda, mas, na época da tentativa de derrubada, a gente se sentiu desrespeitado, porque nós não tínhamos informações precisas disso, e eles estavam em andamento com os projetos. Então como eu já falei aqui, nós temos um projeto, o Colégio Cidade tem os projetos desenvolvidos pela comunidade deles, e aí poderia ser que, naquele momento, alguma coisa pudesse atrapalhar. Mas então o governo decidiu esperar a inauguração dos equipamentos, o que foi ainda melhor”, avaliou.
*Matéria atualizada 19h15 em 14 de dezembro de 2022 para correção de informação