Opinião
Só as Amélias casam?, por Laiana França
“Recatada, calada e sorridente”, qual seria o perfil da mulher para casar?

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Laiana FrançaA definição de “mulher para casar” é tão antiga quanto o próprio machismo, com base em uma religiosidade bélica e camuflada através dos “bons costumes”. Mais uma vez, os homens impuseram sobre as mulheres um padrão de comportamento do que seria aceitável, para que assim nos tornássemos dignas de sermos levadas ao altar, e, pasmem, compramos a ideia.
O perfil preestabelecido se modificou com o passar dos anos, mas sua base permanece intacta. É preciso estar inserida nos padrões de beleza, ser submissa, fiel, auxiliadora, calada, frágil, materna e dona de casa. Se trabalhar, não pode receber mais que o marido! Estar sempre às sombras dele e com um lindo sorriso no rosto, como verdadeiras Amélias. O resultado dessa receita? Mulheres infelizes, casamentos fracassados, filhos frustrados e traumatizados, além de um possível divórcio.
Entendemos que esse modelo não funciona, mas por que ainda reproduzimos? Por que insistimos em manter os fracassos das gerações anteriores? E, enquanto mulheres, por que ainda reduzimos as que não aceitaram essa ideia? Solteironas, encalhadas e incompletas são alguns dos adjetivos utilizados para as que não fizeram uso da receita dos “(In)felizes para sempre”.
O casamento sempre foi muito estimado e romantizado, firmado como atribuição principal da existência feminina. Na história, por muito tempo, tínhamos como única função consolidar um matrimônio, expostas como produtos em vitrines, utilizadas para selar acordos familiares e mantimentos de títulos sociais.
As mulheres nunca antes tiveram tanta voz, espaço e protagonismo como na atualidade. Partindo dessa revolução, cresce o número de solteiras que não almejam a mudança de status. Além disso, o número de divórcios em casamentos infelizes no Brasil obteve crescimento de 24%, segundo o Instituto Brasileiro de Direito de Família.
A afirmativa “sou infeliz, mas tenho um marido” está perdendo espaço para “Não tenho marido, mas sou feliz”. Não é preciso desistir do amor romântico ou casamento, é necessário modificar as bases patriarcais que sustentam a subvalorização feminina no matrimônio. Dito isso, fica claro que para ser amada, feliz e completa não é preciso nada ou ninguém além de você.
Laiana França é mercadóloga, pós-graduanda em Gestão Empresarial e estudante de Direito, além de feminista e militante dos direitos humanos.
*Este espaço é plural e tem o objetivo de garantir a difusão de ideias e pensamentos. Os artigos publicados neste ambiente buscam fomentar a liberdade de expressão e livre manifestação do autor(a), no entanto, não necessariamente representam a opinião do Destaque1.
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